Imagem da matéria: Petro é extinta após governo da Venezuela falhar em forçar uso de criptomoeda estatal
(Foto: Shutterstock)

Criptomoeda oficial do governo da Venezuela, a Petro foi extinta nesta segunda-feira (15). Todos os saldos no ativo serão convertidos para o bolívar, a moeda oficial do país. As informações são da agência AFP, em reportagem publicada no portal Barron’s

O golpe de misericórdia veio com o fechamento da plataforma online Patria, que havia restado como único local onde ainda era possível fazer a conversão da cripto para moeda fiduciária. 

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O encerramento da aventura cripto do país parece ter sido sacramentado em março de 2023, quando estourou um caso de corrupção na administração dos negócios petrolíferos do país, que teve um forte envolvimento dos criptoativos. 

Conforme reportagem da AFP, a Polícia Nacional contra a Corrupção (PNCC) anunciou na época que estava investigando um esquema que teria gerado o desvio de US$ 3 bilhões em pagamentos por petróleo bruto, sendo que todo esse valor teria sido pago em cripto.

O caso resultou na prisão de seis pessoas, entre eles Joselit Ramírez, superintendente da Sunacrip (agência estatal reguladora do setor de criptoativos), e o deputado Hugbel Roa, considerado idealizador da Petro.

Além disso, o episódio gerou a renúncia de Tareck El Aissami, até então ministro do Petróleo e liderança chavista importante no governo de Nicolás Maduro.

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Tentativa fracassada de uso forçado

A Petro morreu não foi por falta de movimentação do governo venezuelano para tentar fazer com que a criptomoeda ganhasse tração. Em janeiro de 2018, Maduro anunciou a reabertura de um cassino localizado no Parque Nacional de El Ávila com as fichas devendo ser compradas em Petro.

No mesmo ano, Maduro tentou forçar o uso do ativo ao converter de forma automática para Petro os bolívares destinados a quem tem direito à aposentadoria paga pelo Estado.

Ainda em 2018, Maduro tentou estabelecer que a Petro fosse a moeda oficial da estatal petrolífera PDVSA.

Em 2019, o governo da Venezuela anunciou a distribuição de 0,5 Petro (PTR) como bônus de Natal a todos os servidores públicos, aposentados e militares — cerca de 8 milhões de trabalhadores. Na época a cotação da moeda era de US$ 60.

A distribuição do bônus resultou em filas enormes no comércio local, pelo fato de que poucas lojas sabiam como processar os pagamentos em Petro.

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Rede nasceu como token baseado em Ethereum

A Petro nasceu como um token ERC-20 do Ethereum e migrou para a blockchain Decred, tendo uma futura integração à CounterParty.

A rede da Petro foi criada para dar mais flexibilidade à criptomoeda e o poder de governá-la com mais eficiência: ”Uma rede particular para a Petro quebra as barreiras de implementação e uso em comparação aos tokens ERC-20, permitindo a segurança das transações por meio de um sistema autorizado”, diz o whitepaper do ativo.

O documento ainda falava que o plano era desenvolver a rede de tal forma a fazer “desnecessária a mineração POW e suas recompensas, reduzir as taxas por transação e aumentar a velocidade de confirmação”. “A rede da Decred permite estabelecer políticas de governança em cadeia e possui um design inteligente e bem feito, sendo uma implementação lima do protocolo de cadeia de blocos”, finaliza o documento.

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