Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) sobe 4,2% e mira US$ 37 mil com apostas de aprovação de ETFs
Bitcoin busca io patamar de US$ 31 mil (Foto: Shutterstock)

As principais criptomoedas embarcam em um rali nesta quinta-feira (9), impulsionadas por dados mais concretos para a aprovação de um fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista no mercado americano. Nas bolsas internacionais, os contratos futuros dos EUA mostram estabilidade, embora o S&P 500 tenha registrado sua oitava alta seguida na quarta-feira. 

Acima do maior nível em 18 meses, o Bitcoin avança 4,2% em 24 horas, para US$ 36.840,27, segundo dados do Coingecko.    

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Em reais, o BTC sobe 4,7%, negociado a R$ 181.410,33, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).  

Ethereum (ETH) tem alta de 1,6%, cotado a US$ 1.914,96.  

As principais altcoins acompanham os ganhos, entre elas BNB (+1,6%), XRP (+0,6%), Cardano (+4,5%), Solana (+8,3%), Dogecoin (+1,8%), TRON (+2,2%), Toncoin (+1,5%), Polygon (+5,7%), Polkadot (+3,5%), Chainlink (+8,4%) e Shiba Inu (+3,6%).  

Bitcoin hoje 

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) começou a conversar com a Grayscale Investments sobre os detalhes do pedido da gestora para converter seu “trust” GBTC, o maior fundo de Bitcoin do mundo, em um ETF de BTC à vista (spot), disse uma pessoa a par do assunto ao CoinDesk. 

A partir desta quinta (9), uma pequena janela se abre, durante a qual a SEC poderá aprovar 12 solicitações pendentes de ETFs de Bitcoin à vista. 

Diante da expectativa de um sinal verde do xerife de Wall Street, a maior criptomoeda atingiu o maior patamar desde 6 de maio de 2022 – pouco antes do colapso da stablecoin TerraUSD, mostram dados da Bloomberg. 

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“Com o Bitcoin sendo negociado acima do nível quando a stablecoin Terra [UST] implodiu, traders de criptomoedas superaram oficialmente essas cicatrizes psicológicas”, disse à Bloomberg Markus Thielen, chefe de pesquisa da Matrixport. 

Aproveitando a onda, a Ark Invest, da gestora popstar Cathie Wood, e a 21Shares prometem um novo grupo de ETFs com exposição de ativos digitais. 

Reabertura da FTX 

Uma empresa sob o comando do ex-presidente da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), Tom Farley, está entre os três pretendentes que disputam a compra da massa falida da FTX, disseram pessoas a par dos planos ao Wall Street Journal. 

Bullish, a exchange de criptomoedas administrada por Farley, a startup de fintech Figure Technologies e a empresa de venture capital cripto Proof Group disputam a compra da FTX, que colapsou há exatamente um ano, de acordo com as fontes. O vencedor poderia reabrir a corretora após o término do processo de recuperação judicial, previsto para 2024. 

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O CoinDesk havia relatado nesta semana o interesse da Proof, que faz parte do consórcio agora no comando da plataforma de crédito cripto Celsius. Não há garantias de que um acordo será fechado e outros investidores poderiam entrar na disputa, segundo o WSJ. 

Processo da SEC contra Binance 

Os esforços da Binance, maior exchange cripto do mundo, para anular um processo da SEC não estão respaldados pela lei, disse o regulador federal em documento na quarta-feira (8) compartilhado pelo CoinDek

A SEC rebateu a decisão da Binance e de sua filial nos EUA, a Binance.US, de rejeitar a ação movida em meados do ano, dizendo que o pedido se baseia em interpretações “distorcidas” e “torturadas” tanto da lei federal quanto de precedentes.  

A agência iniciou o processo contra a Binance em junho, um dia antes de processar a Coinbase, argumentando que ambas as corretoras cripto ofereceram valores mobiliários não registrados a investidores. 

No Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras pediu o indiciamento da Binance, citando supostas irregularidades nas operações no país, como no pagamento de impostos, por exemplo. 

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A Binance argumenta que faz transferências internacionais de recursos por meio de instituições financeiras autorizadas, com o pagamento dos impostos cabíveis na operação. 

O presidente da CPI, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse ao Valor que conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para aprovar novos projetos de lei sobre criptoativos ainda este ano. 

Outros destaques das criptomoedas 

A Jump Crypto, uma divisão com foco em web3 do grupo Jump Trading, também entrou na mira da SEC, que investiga um suposto acordo da empresa com o ex-CEO da Terraform Labs, Do Kwon, de acordo com o portal Unchained Crypto. No mês passado, os advogados da SEC questionaram o presidente da Jump Crypto, Kanav Kariya, para saber se a empresa havia concordado em restabelecer a paridade da Terra USD (UST) ao dólar, comprando grandes quantidades da stablecoin algorítmica em maio de 2021.  

Trechos do depoimento, compartilhados no X pelo pesquisador que se identifica como FatMan, mostram que Kariya se recusou a responder invocando a Quinta Emenda da Constituição dos EUA. 

Na Espanha, o regulador do mercado acionário disse na quarta-feira (8) que abriu a primeira ação relacionada a uma possível violação das regras que regem campanhas publicitárias em massa para criptoativos, informou a Reuters. A CNMV iniciou um processo disciplinar contra a provedora de tecnologia espanhola Miolos sobre campanhas da empresa para promover ativo digitais.   

Enquanto isso, a União Europeia propôs regras para que emissores de stablecoins tenham fundos suficientes para reembolsar investidores em momentos de estresse dos mercados. 

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A Yuga Labs, empresa por trás da coleção de arte digital Bored Apeconfirmou que luzes ultravioleta UV-A instaladas no Ape Fest, em Hong Kong, foram “provavelmente a causa” de uma série de emergências médicas entre os participantes, que relataram visão turva e ardor nos olhos após participarem do evento no fim de semana passado. A Yuga informou que iniciou uma investigação detalhada do incidente, mas o CEO da Artfi, Asif Kamal, ameaça entrar com uma ação legal contra a plataforma, alegando falha de segurança no evento, segundo o Decrypt. 

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