Moeda de bitcoin com grafico ao fundo
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Investidores globais começam a segunda-feira (9) com mais apetite por ativos de risco, como criptomoedas e ações, embora o pregão na bolsa brasileira deva ser volátil após os atos de terrorismo em Brasília. 

O Bitcoin (BTC) finalmente sai do marasmo, com alta de 1,6% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 17.209,64.  

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Em reais, o Bitcoin (BTC) avança 1,75%, para R$ 91.219,59, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

O Ethereum (ETH) sobe com mais força, com ganho de 3,8%, negociado a US$ 1.310,61, segundo dados do Coingecko. Desenvolvedores da segunda maior criptomoeda esperam lançar uma rede de testes pública até o fim de fevereiro antes da próxima atualização da blockchain. 

Entre as altcoins, Solana ganha 19% em 24 horas e acumula alta de quase 65% em sete dias. Segundo análise do Decrypt, após as fortes perdas da criptomoeda com o colapso da FTX, o lançamento do token BONK, a nova febre no ecossistema Solana, pode ter contribuído para os ganhos.  

Mas bugs inesperados continuam causando problemas no ecossistema da Solana em 2023. O explorador de blocos da blockchain os nós da Solana Foundation ficaram offline no sábado (7), após problemas na atualização do software. 

Cardano (ADA) também é destaque, com valorização de quase 17%, embora analistas não apontem uma razão específica. Em sete dias, o token avança 31%. 

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Outras altcoins seguem o movimento e operam em terreno positivo, entre elas BNB (+6,2%), XRP (+2,8%), Dogecoin (+4,7%), Polygon (+6,7%), Polkadot (+5,6%), Shiba Inu (+4,3%) e Avalanche (+4,8%). 

Bitcoin hoje 

As criptomoedas seguem o desempenho do mercado acionário na esteira do relatório de emprego dos EUA divulgado na sexta-feira. Embora a abertura de vagas tenha ficado acima do esperado, os salários subiram menos do que o previsto em dezembro. Um gigante de Wall Street já sente o impacto do desaquecimento do mercado: o Goldman Sachs pode cortar 3,2 mil vagas esta semana, disse uma pessoa à Bloomberg. 

Outro relatório mostrou retração do setor de serviços  no país. Esses dados poderiam abrir caminho para um alívio do aperto monetário nos EUA, avaliam economistas. 

Nesse contexto, o Bitcoin chegou a atingir o maior nível em três semanas no domingo (8), de acordo com o CoinDesk, embora analistas alertem que os gráficos de preço da maior criptomoeda ainda são baixistas. 

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Em meio ao inverno cripto marcado pela quebra de importantes empresas, a melhora do cenário poderia voltar a atrair investidores ao mercado de criptoativos. Por enquanto, os baixos volumes de negociação indicam que investidores institucionais estão ausentes, disse à Bloomberg Matt Maley, estrategista-chefe de mercado da Miller Tabak + Co. 

Investigações na Binance e Digital Currency Group 

As incertezas que pairam sobre gigantes do setor explicam parte dessa ausência de investidores institucionais. 

Reportagem do Washington Post revela que autoridades federais dos EUA estão intimando fundos de hedge como parte de uma investigação sobre possíveis violações das regras contra lavagem de dinheiro envolvendo as operações da Binance, a maior exchange cripto do mundo. 

Em intimações enviadas nos últimos meses, o escritório do procurador dos EUA para o Distrito Oeste de Washington em Seattle instruiu empresas de investimento a entregarem registros de suas comunicações com a Binance, de acordo com duas pessoas. 

Em entrevista ao jornal, o diretor de estratégia da Binance, Patrick Hillmann, disse que a empresa está conversando com “praticamente todos os reguladores do mundo diariamente”, mas se recusou a comentar sobre o status de qualquer investigação nos EUA. 

Outro grupo na mira das autoridades é o conglomerado Digital Currency Group (DCG), dono da plataforma de crédito cripto Genesis, da Grayscale Investments e do portal de notícias CoinDesk. 

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Promotores federais do Brooklyn estão examinando as transferências entre o DCG e a plataforma de empréstimos cripto, disseram fontes à Bloomberg. Também investigam como os investidores foram informados sobre essas transações. 

Crise na FTX 

As investigações sobre o colapso da corretora cripto FTX continuam. A SEC, a CVM dos EUA, busca detalhes sobre os processos de devida diligência de investidores da exchange, segundo a Reuters, que cita duas fontes a par da investigação. 

Até agora, a SEC apresentou acusações contra três executivos da FTX, entre eles o fundador Sam Bankman-Fried, que foram acusados de fraudar investidores. SBF, que aguarda julgamento em prisão domiciliar, pediu para reverter o bloqueio dos US$ 450 milhões em ações da plataforma de negociação Robinhood, alegando que precisa do dinheiro para sua defesa. 

E mais detalhes sobre o colapso do império de Bankman-Fried podem vir à tona.  Brett Harrison, ex-presidente da FTX US, braço do grupo nos EUA, disse em tuíte que em breve vai revelar detalhes sobre o que sabe sobre a empresa. 

Na tentativa de amenizar o prejuízo de clientes, um “trustee” nos EUA se opôs à venda de ativos do grupo FTX proposta pela nova administração, de acordo com a Reuters, enquanto um site nos EUA para clientes que perderam dinheiro com a corretora já está online. 

Após várias disputas, o novo comando da FTX parece ter feito as pazes com os responsáveis pela investigação nas Bahamas, sede da empresa, para cooperar em nome dos credores. 

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Outros destaques das criptomoedas 

O real digital deverá valer apenas para grandes transações dos bancos no atacadodisse  Fabio Araujo, responsável pelo projeto do real digital do Banco Central, em entrevista ao Valor. O modelo brasileiro, no entanto, não implica que o cidadão comum ficará fora das novidades que chegam com o chamado dinheiro programável, destaca a reportagem. 

Em outubro deste ano, os argentinos irão às urnas para eleger o seu próximo presidente e, dentre os presidenciáveis, está o economista e deputado argentino Javier Milei, de 52 anos, que concorre pelo partido “A Liberdade Avança”. 

Visto como dono de um perfil de extrema direita, Milei tem pontuado sua trajetória por críticas ao banco central do país e por pregar liberdade financeira por meio da adoção da maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin. 

O administrador da Mt.Goxcorretora que sofreu um dos maiores hacks de Bitcoin da história, comunicou alterações no prazo tanto para os credores registrarem suas contas bancárias e carteiras quanto para o recebimento dos fundos devidos. Ambas as datas foram adiadas por dois meses. No total, a previsão é que sejam devolvidos aos credores cerca de 137 mil Bitcoins, que estão bloqueados há oito anos. 

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