Imagem da matéria: Lula, Bolsonaro e Ciro: o que os candidatos à Presidência já falaram sobre Bitcoin
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As eleições para presidente do Brasil ocorrem no próximo domingo (2) e, entre os grandes temas nacionais, as criptomoedas tiveram pelo menos um pouco de espaço ao longo das semanas de campanhas entre os principais candidatos ao posto de Chefe do Executivo.

Seja como denúncia de um projeto envolvendo criptomoedas, admissão de desconhecimento, cursos ligados ao seu nome e uma visão macroeconômica de uma moeda sem entidade central, o Bitcoin acabou sendo citado pelos principais candidatos em algum momento das incontáveis horas de entrevistas, comícios e eventos.

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Agora se aproxima o primeiro turno. A última pesquisa eleitoral feita pelo Ipec e encomendada pela Globo, mostra o ex-presidente Lula com 48% das intenções de votos, Jair Bolsonaro com 31% e Ciro Gomes com 6%.

Caso algum candidato consiga 50% mais um dos votos válidos (ou seja, o mínimo acima da metade), será eleito no primeiro turno. Se isso não ocorrer, os dois mais bem votados disputam o segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro.

Bolsonaro e o Bitcoin

Atual presidente e buscando a reeleição, Jair Bolsonaro (PL) falou de forma direta sobre o Bitcoin no dia 8 de agosto, durante sua participação no podcast Flow. O assunto surgiu quando o político passou a dar exemplos do que considerava atos de corrupção da gestão anterior, e citou uma requentada história sobre “ensinar índio a mexer com bitcoin”.

Foi então que o apresentador Igor Coelho perguntou de forma direta o que ele achava do Bitcoin. “Eu nunca mexi com isso [Bitcoin]”, respondeu Bolsonaro.

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O apresentador então questionou o que o presidente achava sobre regulamentar o setor cripto. Ele desviou: “Aí eu vou perguntar pro Paulo Guedes. Não sei o que é Bitcoin, acho que a maioria da população não sabe, mas gastar R$ 50 milhões para ensinar índio a mexer com Bitcoin é sacanagem”.

Essa história começou no alvorecer do mandato. No dia 7 de janeiro de 2019, Bolsonaro criticou a ‘caixa-preta do BNDES’ e usou como a exemplo o caso da criptomoeda indígena que foi barrada por seu governo.

“Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros”, declarou o presidente nas redes sociais. O acordo com o valor tão elevado era um contrato sem licitação assinado pela Funai e pela UFF (Universidade Federal Fluminense).

Em dezembro de 2021 ele voltou a citar o caso durante uma fala para empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

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A origem de tudo foi a identificação pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que vetou um projeto que previa, entre outras coisas, o desenvolvimento de uma criptomoeda indígena em uma colaboração da Funai e a Universidade Federal Fluminense.

Lula e o Bitcoin

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca falou diretamente sobre Bitcoin e criptomoedas, mas o seu entorno tem tocado nessa área.

O episódio mais sintomático foi neste mês de setembro: Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante os governos de Lula, anunciou com dias de diferença que tinha passado a fazer parte do Conselho Global da Binance e o apoio público à candidatura do petista.

Além disso, o Instituto Lula deu aulas sobre Bitcoin e NFT em um módulo de um curso de economia digital e divulgou um vídeo explicando o funcionamento da blockchain.

Leia também: Bolsonaro e Lula levam batalha eleitoral para o mercado de NFTs

Ciro e o Bitcoin

O candidato Ciro Gomes (PDT) foi quem falou mais detalhadamente sobre Bitcoin. Ele primeiro abordou o tema publicamente também no Flow, com uma visão mais crítica: “Olha, eu não sei se eu sou conservador demais — e eu admiro essa tentativa, mas uma moeda sem lastro e sem uma autoridade pública por trás dela, não sei se um dia desse vai dar problema”, disse o político.

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Mas Monark, um dos apresentadores do podcast na época, interrompeu e disse que El Salvador havia adotado, e Ciro emendou: “É, está avançando para um negócio impressionante… Foi muito mais além — eu já disse que não vai dar certo e tal… mordi a língua. Está surgindo uma moeda privada, de curso internacional razoável, reserva de valor razoável”.

Já em julho deste ano, em evento da Fiesp, o Portal do Bitcoin perguntou diretamente para Ciro Gomes se a opinião dele sobre o ativo digital havia mudado. Ele se mostrou mais cético do que no Flow.

“Eu sou muito conservador em matéria de finanças”, afirmou. “Falando de bitcoins: é uma moeda que não tem uma autoridade que dê a ela curso forçado ou que dê a ela lastro como reserva de valor. Um belo dia pode virar uma pirâmide”, disse.

No entanto, ele admitiu que pode estar enganado em sua visão sobre o tema: “Pode até ser uma percepção equivocada minha”, completou.

O pedetista também criticou a experiência de El Salvador com a criptomoeda:

“Receber pagamentos de tributos como El Salvador, nem pensar. Vai ser sempre o velho e bom real, uma moeda que tem curso forçado, é reserva de valor, tem valor de transação fixo pelo governo, que é uma autoridade democraticamente controlada.”

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