Imagem da matéria: O que Bolsonaro disse sobre a criptomoeda indígena e o Bitcoin no Flow Podcast
Jair Bolsonaro no podcast Flow (Foto: Reprodução/YouTube)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre bitcoin na entrevista de mais de cinco horas que concedeu ao podcast Flow na segunda-feira (8), para mais uma vez atacar a antiga gestão da Funai e o polêmico projeto de criptomoeda indígena.

Quando questionado pelo apresentador sobre o que ele achava de bitcoin, Bolsonaro confessou não conhecer nada sobre a criptomoeda. “Eu nunca mexi com isso. Não sei o que é bitcoin e acho que a maioria da população não sabe”, afirmou.

Publicidade

O apresentador também questionou se Bolsonaro tomaria alguma ação para regular o mercado brasileiro de criptomoedas, mas ele disse que sobre esse assunto, teria que perguntar para o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Como já fez várias vezes no passado, Bolsonaro trouxe à tona a discussão sobre bitcoin para distorcer um projeto da Funai que nunca saiu do papel e afirmar que impediu sua continuidade.

“Descobri que Funai tinha um contrato de R$ 50 milhões para ensinar índio mexer com bitcoin. Na transição, vamo [sic] cancelar isso aí. […] É sacanagem”, disse o presidente eleito em 2018 com a defesa de pautas anti-povos originários.

A polêmica criptomoeda indígena

Ao que Bolsonaro se refere na sua fala não tem qualquer relação real com bitcoin, mas sim um projeto do final de 2018, época em que Michel Temer (MDB) estava na presidência, em que o Funai firmou um contrato de R$ 44 milhões com a Universidade Federal Fluminense (UFF) que previa, entre outras medidas, a criação de uma criptomoeda dos povos indígenas.

Publicidade

O dinheiro seria usado para financiar outros 16 serviços, entre eles o mapeamento e a criação de um banco de dados das terras indígenas. 

Em janeiro de 2019, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) já havia barrado a licitação e em setembro de 2020, a Funai deu fim definitivo à parceria.

O caso tomou grandes proporções na primeira semana de Bolsonaro na presidência e representou a primeira vez que o político fez uma menção ao universo das criptomoedas

Desde então, o assunto volta a ganhar atenção toda vez que Bolsonaro o utiliza para criticar gestões anteriores. Outros parceiros do governo também usam a história com a mesma finalidade.

Publicidade

Recentemente, o presidente da Funai, Marcelo Xavier, usou a criptomoeda indígena para responder às críticas que vinha recebendo pela falta de esforços da entidade nas buscas do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos no Vale do Javari (AM).

Em carta publicada em 13 de junho, Xavier afirmou que a Funai enfrentava uma série de problemas crônicos na região, que supostamente seriam uma herança deixada por gestões anteriores. Entre os fracassos do passado, ele cita a criptomoeda do índio.

“O que havia era malversação dos recursos, que nunca eram aplicados da forma adequada, vide o caso da criação de uma criptomoeda indígena, cujo contrato foi cancelado na nossa gestão e que, se fosse adiante, causaria um prejuízo de R$ 45 milhões aos cofres públicos”, escreveu Xavier na época.

VOCÊ PODE GOSTAR
ilustração 3D de console de videogame

W-Coin: como ganhar o máximo de moedas no jogo cripto do Telegram

A W-Coin baseia-se na premissa do jogo tap-to-earn do Telegram Notcoin, com atualizações exclusivas e prêmios de staking
moeda de bitcoin com bandeira dos EUA no fundo

Democratas podem recuperar votos cripto com saída de Biden, segundo especialistas

Novo candidato democrata, ainda a ser definido, está sendo incentivado a reconhecer as criptomoedas como uma tecnologia de força
Imagem da matéria: Mercado Bitcoin expande atuação internacional e lança token on-chain com ganho em dólar + 9,2% a.a.

Mercado Bitcoin expande atuação internacional e lança token on-chain com ganho em dólar + 9,2% a.a.

Projeto em parceria com a TradeFinex é considerado o primeiro case relacionado a emissão de dívida brasileira on-chain no mercado internacional
Pessoa olha para scanner da Worldcoin

Worldcoin (WLD) sobe 40% após estender bloqueio de tokens por mais 2 anos

Parte dos tokens foi bloqueada para permitir que o protocolo amadurecesse, explicou a empresa