Começa na próxima sexta-feira (22) o leilão de bens que pertenciam ao falso empresário Cláudio Oliveira, conhecido pelo apelido de Rei do Bitcoin. Os lances poderão ser feitos a partir das 10h20 no site da empresa de leilões Kronberg.
No lote que está aberto para lances estão sendo leiloados três carros de luxo: uma BMW 750I ano 2014 com lance inicial de R$ 231 mil; um Honda HR-V Touring ano 2018 com lance inicial de R$ 140 mil; e Lamborghini Gallardo C4 com lance inicial de R$ 629 mil.
Veja abaixo a Lamborghini em outros ângulos:
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Um primeiro leilão já havia sido feito em dezembro do ano passado. Na ocasião, foram arrecadados R$ 430 mil com o arremate de malas, bolsas, óculos, entre outros artigos de marcas famosas.
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O dinheiro recolhido é utilizado para pagar credores do Rei do Bitcoin.
Caso não sejam feitos lances para os carros no pregão de sexta, um novo leilão será feito no dia 29 de julho.
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Lamborghini virou xodó da PF
A Lamborghini é o ponto alto do leilão e desde que foi apreendida tem recebido um carinho especial da Polícia Federal.
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Em agosto do ano passado, a Justiça Federal autorizou a PF a usar o carro em eventos, exposições e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado.
Nesse contexto que a Polícia adesivou o carro de cima a baixo com seu logo. Na época foi feita até uma desrição técnica: “Equipado com motor de 10 cilindros e potência de 560 cv, o veículo vai de zero a 100 km/h em 3,7 segundos, podendo alcançar a velocidade máxima de 325 km/h”, descreveu a PF em nota à imprensa.
Pouco depois, em setembro de 2021, o carro entrou para a exposição “PF em Ação no Paraná”, que foi sediada no Museu Oscar Niemeyer (MON) entre os dias 15 de setembro e 3 de outubro de 2021.
Rei do Bitcoin condenado
O falso empresário Cláudio Oliveira, conhecido como Rei do Bitcoin, foi condenado em abril a oito anos e seis meses de prisão por estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional. A sentença é do juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba.
O magistrado ressaltou que Oliveira não poderá recorrer da sentença em liberdade, pois os fatos que motivaram a prisão preventiva do empresário continuam presentes: ele poderia dificultar as investigações.
Na decisão, o juiz aponta que a operação do Grupo Bitcoin Banco, criado pelo empresário, era fraudulenta e se baseava na criação de duas empresas: uma listava Bitcoin com preço alto e a outra com preço baixo. As companhias vendiam entre si os ativos e geravam lucros para os investidores.
Mas era tudo uma fachada. Não existiam Bitcoin reais, nem transações e nada era registrado em blockchain. Era tudo maquiado para criar balanços favoráveis e os resultados eram apresentados em uma plataforma chamada Fortknox.
“O Fortknox nada mais era do que uma espécie de livro-caixa interno criado pela empresa para registros dessas operações entre exchanges do grupo, denominadas arbitragens, o que atraía os investidores pela ausência de taxas e facilidade para realizar as operações (dentro da mesma plataforma), aumentando a sua lucratividade. O sistema foi projetado para permitir um giro infinito de operações de arbitragem, gerando spreads de maneira desmedida e grande lucro escritural aos investidores, com registro apenas na rede interna Fortknox”, afirma o juiz.
O magistrado aponta que o sistema operava “de forma temerária, pois ausente qualquer registro em blockchain procedimento que garantiria a segurança e autenticidade das operações”.
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