Imagem da matéria: Justiça nega pedido de Tatá Werneck contra o uso de sua imagem pela Atlas Quantum
Tatá Werneck e Cauã Reymond fizeram propaganda da Atlas Quantum no passado (Foto: Reprodução)

A Justiça do Rio de Janeiro negou um pedido da artista Tatá Werneck para a proibição do uso de sua imagem em propagandas da Atlas Quantum. A atriz da Globo foi convocada no dia 2 de agosto para falar na CPI das Pirâmides Financeiras sobre sua relação com a pirâmide financeira Atlas Quantum, da qual fez publicidade em 2018.

As informações são do jornal O Globo, que aponta que a decisão é do 1º Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca e foi tomada pelo juiz Marcelo Marinho. 

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O pedido é confuso, pois seria para a Atlas parar de usar a imagem da atriz. No entanto, a pirâmide financeira colapsou em 2019 e não tem mais nenhuma atividade desde então. 

A atriz pediu uma liminar, mas o juiz teria dito que é necessário ouvir primeiro a Atlas Quantum antes de tomar alguma decisão, aponta o jornal. Assim, o pedido da liminar foi negado.

O Portal do Bitcoin tentou contato com a equipe da atriz, porém não obteve retorno até a publicação.

CPI convoca celebridades

No dia 1º de agosto, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL/SP) protocolou dois requerimentos na CPI das Pirâmides Financeiras para que os atores Cauã Reymond e Tatá Werneck, bem como o apresentador Marcelo Tas, sejam interrogados pelos deputados, na condição de investigados, para falar sobre a relação que mantiveram com a pirâmide financeira Atlas Quantum, que usava Bitcoin em suas operações.

As três celebridades foram contratadas pela Atlas para fazer propaganda da empresa, quando o esquema ainda estava em pleno funcionamento. O pedido foi aprovado pela da CPI no dia 2 de agosto, porém as audiências para ouvir os atores ainda não foi marcada.

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“Essas campanhas [de publicidade], aparentemente bem-sucedidas, tiveram o poder de influenciar e induzir milhares de pessoas a acreditarem na empresa, que, entretanto, revelou-se ser uma pirâmide financeira”, afirma o parlamentar no pedido. 

A Atlas Quantum ruiu em 2019, após receber um alerta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que desencadeou uma corrida de saques pelos clientes, que ficaram sem receber.

O criador da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, fugiu poucos meses depois e até hoje é procurado por clientes lesados pelo seu esquema. Seu paradeiro é desconhecido.

Publicidade de Tatá Werneck para pirâmide

Em maio de 2018, a Atlas fez uma campanha com Cauã e Tatá no qual os atores apresentaram um programa transmitido ao vivo, interagindo num jogo de perguntas e respostas sobre criptomoedas.

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Em uma segunda etapa da mesma “campanha educacional”, a dupla distribuiu R$ 1,5 milhão em bitcoin para os telespectadores como forma de promover a empresa.

A ação foi considerada um fracasso na época, com baixa audiência online e uma dinâmica ao vivo que não funcionou. O programa foi retirado das redes sociais alguns dias depois.

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