Imagem da matéria: Polícia Federal retoma as investigações no caso Atlas Quantum
Criador da Atlas Quantum Rodrigo Marques falando em vídeo no Youtube (Imagem: Reprodução)

A Polícia Federal retomou as investigações do caso Atlas Quantum há cerca de um mês, depois de impasses entre autoridades estaduais e federais.

A empresa foi liderada pelo empresário Rodrigo Marques e prometia rendimentos de 5% ao mês com arbitragem de bitcoin. O negócio ruiu em 2019, lesando vários clientes, após o sumiço de 15 mil bitcoins, avaliados atualmente em R$ 2,8 bilhões.

Publicidade

Agora com o processo em instância superior, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à 10ª Vara Criminal da Subseção Judiciária de São Paulo autos acerca do Inquérito Policial n.º 5006513-57.2020.4.03.6181. O inquérito foi instaurado a partir de ocorrência registrada por um dos clientes lesados.

De acordo com o documento que o Portal do Bitcoin teve acesso, o MPF pede que o foro indague a CVM se foram concluídos os procedimentos administrativos Nºs 19957.006966/2019-06 e 19957.0011409/2019-07, com o encaminhamento das decisões e deliberações proferidas.

O ofício do MPF, datado de 18 de abril de 2022, pede também a sistematização de todas as pessoas lesadas e valores investidos que constam dos autos, além da quebra de sigilo bancário das empresas para rastrear os valores transferidos pelos investidores.

O documento, assinado pela Procuradora da República Luciana da Costa Pinto, mostra que à frente das investigações está o delegado federal Erico Marques de Mello.

Publicidade

Processos Atlas Quantum 

A última distribuição dos autos do processo 5006513-57.2020.4.03.6181 de classe ‘Inquérito Policial’ de ‘Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional’ havia ocorrido em 10 de dezembro de 2020, cujo Processo de Referência é o de nº 1502038-57.2020.8.26.0050.

Em julho de 2020, a Polícia Civil de São Paulo, que vinha investigando o caso, informou à Justiça que se tratava de um crime federal e deveria ser encaminhado à PF.

O documento foi emitido pelo delegado André Junju Ikari, da 4ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Fraudes Patrimoniais Praticadas por Meios Eletrônicos do Estado de São Paulo.

Vale lembrar que em agosto do ano passado a Atlas Quantum entrou com uma ação contra a CVM por danos morais e materiais no valor de R$ 3,2 bilhões e pediu para a Justiça anular um stop order de 2019. A empresa alegou que quebrou e deixou um rastro de dívidas por conta da deliberação da entidade.

Publicidade

Sobre o stop order — por conta de indícios de oferta de investimento coletivo sem autorização da autarquia —, a ação do regulador causou então uma corrida de saques de investidores.

Em resumo, as promessas de arbitragem com criptomoedas por meio da Atlas Quantum que daria alta rentabilidade se tornou um grande pesadelo para pessoas que até hoje lutam na Justiça para reaver o dinheiro.

Quanto ao criador da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, que há cerca de um ano supostamente foi reconhecido por clientes ao participar de manifestação no bairro do Morumbi, em São Paulo, há rumores de que ele pode ter deixado o Brasil indo para o México, seguindo depois para a Espanha. Seu paradeiro, contudo, ainda é desconhecido.

VOCÊ PODE GOSTAR
Com troféu na mão, Jonas Spritzer Amar Jaimovick posa para foto

Criador da pirâmide JJ Invest reaparece pedindo mais dinheiro a suas vítimas

Entre as vítimas da JJ Invest estão o jogador Zico e o ator Sérgio Mallandro
Ilustração de moeda NOT dourada com logotipo do jogo Notcoin do Telegram

Usuários do Notcoin agora recebem benefícios nos jogos Pixelverse e Musk Empire

O jogo cripto original do Telegram se uniu ao Pixelverse e Musk Empire para oferecer benefícios especiais aos jogadores
Lionel Messi jogador de futebol durante partida pela seleção da Argentina

Tokens da Argentina e Espanha despencam mais de 20% após títulos; entenda por quê

Tokens oficiais das seleções da Argentina e Espanha caíram entre 22% e 25% após as vitórias de domingo
Dólares equilibrados formam uma pirâmide

Mercado ligado a elite do Camboja movimentou R$ 59 bilhões para golpistas cripto

Um grupo ligado à família Hun, no poder do Camboja, foi acusado de estar envolvido em um golpe multibilionário de cripto