O governo do Irã irá anunciar novas leis aumentando as penas pela prática da mineração ilegal de criptomoedas usando energia subsidiada pela empresa estatal de energia, a Tavanir, segundo reportagens publicadas neste sábado (16) pela imprensa iraniana.
As novas penalizações deverão ser progressivas, de acordo com matéria do jornal Tehran Times: iniciando com multas de valor cada vez maior, até chegarem ao fechamento do negócio e à prisão dos acusados.
“Qualquer uso de energia subsidiada para mineração de criptomoedas é proibido. Essa energia deve ser usada apenas para fins doméstico, industriais e da agricultura”, disse um porta-voz da empresa de energia.
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Baixos custos
Após o governo iraniano regulamentar a mineração em 2019, várias companhias começaram a deslocar suas atividades para o país asiático devido aos baixos custos da eletricidade local. Só em janeiro de 2020, o governo autorizou mais de mil licenças para a atividade.
No entanto, várias empresas sem autorização também começaram a usar a energia que é subsidiada pela empresa estatal para atividades específicas – que não incluem a mineração. Isso aumentou a carga sobre o sistema elétrico do país, que já sofre com a seca e as poucas chuvas.
Segundo a companhia energética, o desvio da eletricidade disponível para mineração ilegal pode levar a blecautes no país e também danificar aparelhos industriais e domésticos como TVs, geladeiras e máquinas de ar condicionado, muito usadas nas cidades iranianas que possuem um clima mais quente.