O famoso bilionário das criptomoedas Cameron Winklevoss disse que o voto dos jovens impediu a derrota do Partido Democrata dos EUA nas eleições presidenciais de 2020 — e que aliená-los agora significará “votos perdidos” no próximo ciclo eleitoral.
“A guerra da senadora Warren e de Gary Gensler contra as criptomoedas vai alienar toda uma geração de aspirantes a Democratas”, tweetou no domingo (11).
Seu irmão gêmeo Tyler – com quem ele cofundou a exchange de criptomoedas Gemini em 2014, após uma longa briga com Mark Zuckerberg pela autoria da criação do Facebook -, concordou.
“Roe [v. Wade] [decisão judicial contra o aborto] custou aos republicanos as eleições do meio do mandato presidencial”, Tyler tweetou no domingo. “A guerra da senadora Warren e de Gary Gensler contra as criptomoedas custará aos Democratas a eleição de 2024.”
Cameron Winklevoss denunciou no Twitter os esforços da senadora, Elizabeth Warren, e do chefe da SEC, Gary Gensler, para minar a indústria de criptomoedas, dizendo que suas ações podem ter consequências terríveis para o Partido Democrata.
“As criptomoedas já conquistaram os corações e mentes dos Millennials e GenZ”, Winklevoss tweetou, acrescentando que “eles não debatem os méritos dos criptoativos; e eles não esquecerão a destruição de valor que Warren e Gensler causaram.”
Cameron compartilhou uma manchete da CNN de 2022 a qual indica que os democratas se salvaram nas eleições do ano passado graças aos jovens. Para o empreendedor cripto, o atual ambiente regulatório pode explodir na cara dos democratas.
Os gêmeos Winklevoss são investidores de Bitcoin de longa data e tem esperança de que o preço do bitcoin chegue a US$ 500 mil. Embora Cameron não tenha uma linha partidária oficial, ele já apoiou candidatos republicanos no passado.
Ações agressivas
Essas declarações vêm em meio a ações agressivas de Warren e Gensler, dois membros do Partido Democrata.
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O antigo remador olímpico vê duas explicações: “ou [o] establishment democrata não entende o que está acontecendo com Warren e Gensler, ou está calculando mal o impacto de suas ações no voto dos jovens neste próximo ciclo eleitoral.”
Warren entrou nas manchetes este ano por conta do chamado “Exército AntiCripto” dela. Ela também afirmou que a tecnologia ajuda a financiar o comércio mortal de fentanil, declarando abertamente que os criptoativos são usados por criminosos.
Gensler, um crítico ferrenho das criptomoedas, também está no centro das atenções esta semana, depois que a SEC acusou a Coinbase e a Binance de violar as leis de valores mobiliários dos EUA.
Nem todos os democratas são anticripto, no entanto. O candidato presidencial Robert Kennedy Jr. é pró-Bitcoin, aparecendo como palestrante principal na recente Conferência Bitcoin 2023.
Outro lado da trincheira
Os republicanos, por outro lado, parecem muito mais abertos à ideia de criptoativos.
A senadora do Wyoming, Cynthia Lummis, apelidada de “senadora do Bitcoin”, defende o Bitcoin há anos. O líder dos Republicanos na Câmara, Tom Emmer (R-MN), é considerado “amigo das criptos.” E Ron DeSantis, governador da Flórida e candidato presidencial republicano, proibiu as moedas digitais do banco central (CBDCs) em seu estado.
A quantidade de representantes do lado dos Winklevoss parece maior. De acordo com o relatório da Coinbase, aproximadamente 66 milhões de americanos (ou 20% de toda a população) possuem ativos digitais.
“Eles podem não se importar com as criptomoedas, mas se preocuparão com os votos perdidos”, Cameron concluiu.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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