Imagem da matéria: Especialista explica como vai funcionar a moeda digital da China que quer competir com o dólar
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A teoria sobre se um dia uma criptomoeda pudesse suceder o papel-moeda de um país agora pode ser tratada como próxima da realidade com o a criação do e-RMB, o renminbi digital criado pelo governo da China.

Conforme as palavras do especialista em tecnologia Ronaldo Lemos, esse momento chegou. 

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“Esse pequeno passo pode ser o bater de asas da borboleta capaz de influenciar o curso natural das coisas e provocar um furacão do outro lado do mundo”, escreveu em sua coluna na Folha nesta segunda-feira (04).

Ele explicou as facilidades do uso da ‘nova moeda’ chinesa e como ela pode competir com o dólar e até mesmo com o Swift, o sistema que integra bancos de diversos países.

Ronaldo observa que a novidade, “a primeira criptomoeda governamental” já está em fase de testes em plena crise do Covid-19. Aliás, fica na China o primeiro epicentro da doença, na cidade de Wuhan.

Recentemente houve a especulação de que um aplicativo chamado DCEP (Pagamento Eletrônico em Moeda Digital) já estaria sendo testado pelo menos em quatro cidades da China: Suzhou, Xiong’an, Chengdu e Shenzhen.

Ronaldo confirma os testes e revela mais uma cidade, Pequim, a capital chinesa, como uma das primeiras a atuar no projeto.

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Segundo ele, os funcionários públicos dessas cidades vão começar a receber salários na nova moeda virtual a partir deste mês através do aplicativo.

A afirmação de Ronaldo evidencia um estágio real de funcionamento da criptomoeda chinesa, antes apenas especulado.

Outro ponto, é que ele acredita numa corrida das criptomoedas estatais, cujo vencedor pode levar tudo.

Moeda digital da China

Considerando que na China a maioria dos pagamentos já ocorre de modo digital, Ronaldo acredita o e-RMB será de uso total.

“Tudo se paga pelo celular”, disse Ronaldo.

Ele citou como exemplo os moradores de rua, que carregam placas com seu código QR, porque sabem que o celular é a única forma de receberem um auxílio. Isso porque na China quase ninguém carrega dinheiro em papel.

“Com a nova moeda virtual, a China aprofunda a digitalização da sua economia, com possíveis repercussões globais”, escreveu o especialista.

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Renminbi digital x dólar

Para Ronaldo, a medida da China também pode ser considerada um movimento preventivo contra a crescente politização do dólar.

Um dos motivos, disso, é que a moeda americana vem sendo progressivamente utilizada como instrumento de política externa.

Para explanar, ele cita as ameaças da rede Swift a empresas europeias por conta de negócios com o Irã. Elas foram ameaçadas de exclusão do sistema de compensação internacional do dólar por isso.

Logo, a expectativa é que o e-RMB (também chamado de ‘yuan digital’) seja um passo na criação de outro sistema de transações monetárias internacionais e que não dependa da Swift, acredita o especialista.

“Em vez dessa rede, adota-se estrutura baseada em blockchain, de aplicação global. Só que, em vez de atrelar-se à imprevisibilidade de várias criptomoedas, vincula-se a uma moeda fiduciária emitida por um Estado nacional”, explicou.


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