Emília Campos, diretora da Atlas Quantum, retira do Linkedin que trabalha na empresa e volta atrás

Imagem da matéria: Emília Campos, diretora da Atlas Quantum, retira do Linkedin que trabalha na empresa e volta atrás

Advogada da empresa em vídeo explicativo (Foto: Reprodução/Youtube)

A advogada Emília Malgueiro Campos retirou do Linkedin que trabalhava na Atlas Quantum para, horas mais tarde, recolocar o cargo na rede social de negócios. A informação sobre a retirada do cargo foi dada em primeira mão pelo site Radar BTC.

Emília, que mantém o escritório de advocacia Malgueiro Campos, segue como diretora de riscos e controle da Atlas Quantum. Inicialmente, não se sabia os motivos da mudança. A assessoria de imprensa da empresa afirmou que ela permanecia no posto.

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Em um grupo do WhatsApp, a advogada revelou o motivo da mudança: “Só estou cansada de receber contatos com perguntas que não consigo responder”.

A mudança chamou atenção, porque a profissional, ao lado do diretor de operações, Bruno Peroni, são as principais faces públicas da empresa, representando a Atlas em eventos, conferências e meet ups.

Além disso, a alteração no Linkedin ocorreu em um momento de grande crise para a Atlas Quantum, que vem atrasando os saques de centenas de clientes desde que foi notificada pela CVM no dia 13 de agosto.

O especialista em criptomoedas Safiri Felix, por exemplo, sequer exibe sua passagem pela Atlas em seu currículo no Linkedin.

Crise na Atlas Quantum

A Atlas Quantum foi proibida de fazer oferta pública de investimentos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia entendeu que se tratava de contrato de investimento coletivo e essa espécie de valor mobiliário, somente pode ser ofertada com autorização da CVM.

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A empresa, inicialmente, resolveu apenas retirar as propagandas sobre seus investimentos em arbitragem com criptomoedas. Em seguida, teve de parar de ofertar o serviço de arbitragem aos novos clientes.

Todo esse cenário em volta da empresa fez com que houvesse uma corrida de saques de Bitcoins. Para evitar uma sangria, a empresa decidiu estender o prazo dos saques. Inicialmente passou de um para quatro dias, sem qualquer previsão de regularização. O prazo agora dilatou para 30 dias.

Apesar de toda essa turbulência, um relatório da Grant Thorton atestou que a Atlas Quantum possuia 15.226,1 Bitcoin e 34.793.966 de criptodólares (termo referente a uma cesta de stablecoins) no dia 2 de agosto. O relatório não é uma auditoria completa, mas sim de um PPA (Procedimentos Previamente Acordados).

Deputado vê indícios de pirâmide financeira

O deputado federal Áureo Ribeiro protocolou na sexta-feira (06) um requerimento para realização de audiência Pública a fim de discutir indícios de pirâmide financeira em operações das empresas Investimento Bitcoin e Atlas Quantum. O requerimento foi aprovado nesta quarta (11).

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Como justificativa, o deputado afirma que empresas suspeitas de pirâmides estão prometendo lucro de até 50% com investimentos em bitcoin. Ao menos sete empresas, as quais se apresentam disfarçadas de empresas de investimentos, estão sendo noticiadas e investigadas pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional, segundo o documento.