O deputado federal Júnior Bozzella (PSL/SP) solicitou uma consulta na decisão da Caixa Econômica Federal (CEF) que nessa semana fechou contas de traders de bitcoin.
De acordo com um email à Gerência de Relacionamento Parlamentar da CEF (GEREP) na quarta-feira (21), Bozzella disse que quer entender as motivações que levaram a instituição a tomar a decisão.
O email diz que o Gabinete soube que diversos profissionais intermediadores no segmento de criptomoedas, os traders, tiveram suas contas fechadas pelo banco e por isso pediu uma consulta na Caixa Econômica.
Diz, ainda, que os profissionais têm representante, que é a Associação dos Clientes de Corretoras de Criptoativos (ACCripto).
“Gostaríamos de formalizar uma consulta no sentido de entender as motivações que levaram ao fechamento, bem como quais requisitos devem ser cumpridos para manutenção dessas contas”, escreveu o Gabinete Parlamentar de Bozzella.
O argumento, segundo o email, é procurar atender o interesse dos intermediadores e também tentar adequar a nova realidade, que é o mercado de criptomoedas, ao sistema bancário.
Caixa fecha contas de traders
Não se sabe ainda a quantidade de contas de traders fechadas pela Caixa. Apesar de os números ainda serem imprecisos, duas fontes do Portal do Bitcoin afirmaram que foram seis contas fechadas. Outra fonte disse que seriam dez.
As pessoas consultadas, que pediram para que seus nomes não fossem revelados, afirmaram que alguns dos traders são conhecidos no mercado brasileiro e tem capacidade de negociar milhões de reais.
Questionada pela reportagem, a empresa, que é pública, ainda não respondeu. A suspeita é de que a Caixa pode ter sido influenciada pelo caso caso do Bitcoin Banco, que entrou em crise, virou caso de polícia e foi notícia nacional.
Caixa Econômica, traders e corretoras
Desde o ano passado, a Caixa Econômica vem fechando contas de traders ou exchanges. A última disputa ocorreu em maio, quando o banco foi obrigado pela Justiça a reabrir conta corrente da corretora Walltime.
Deputado quer ouvir hackers
Na semana passada, durante plenária da Comissão Especial que trata do Projeto de Lei 2.303/15, que visa regular as criptomoedas, o deputado comentou sobre uma série de casos que trouxeram prejuízos a investidores causados por “grandes bancos de criptomoedas”.
Sobre o caso dos hackers que invadiram o celular do ministro Sérgio Moro, o deputado chegou a requerer a presença do jornalista Glenn Greenwald, editor do Site The Intercept.
No entanto, o documento foi retirado da pauta, mas Greenwald seria convidado a falar sobre “compra de informações de hackers com moedas virtuais”.
O parlamentar achou importante ouvir primeiro os suspeitos, que foram presos em julho durante a Operação Spoofing da Polícia Federal. Contudo, o requerimento para pedir a presença dos hackers ainda não foi protocolado.
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