Imagem da matéria: Criptomoedas: Mulheres Relatam Machismo em Eventos

Partindo de uma das peculiaridades que abrange o conceito de criptomoeda, a ‘democratização’, poderemos perceber que ao decorrer dessa matéria iremos encontrar algo baixo, desprezível e problemático, mas que é comum em qualquer lugar da sociedade, o machismo.

Se o termo ‘machismo’ é sinônimo de preconceito, então podemos dizer que esse pensamento sexista já deveria ter sido extinto, não na sua essência, pois é claro que há diferenças entre o homem e a mulher, mas na atitude dos depreciadores da figura feminina em pleno século 21.

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As criptomoedas chegaram para ‘democratizar’, equacionar forças, porém as mulheres que tentaram participar da corrida do ouro encontraram, ou estão encontrando, uma divisão de gênero desequilibrada. Há quem diga que essa horrenda cultura dominada entre os homens poderosos detentores de milhões em criptomoedas tem crescida em larga escala, e essa ‘cultura’ está sendo chamada de “Blockchain Bros” (‘bros’ em Inglês é abreviação de ‘brother’, ou seja, a “Blockchain dos Manos”, em tradução livre).

Para entendermos melhor, considere os três fatos a seguir.

Em Palo Alto, na Califórnia, Estados Unidos, uma indústria de frutas e vegetais finalizou uma startup de criptomoeda no mês passado. Encerradas todas as etapas, a empresa deixou uma palavra fixada em seu site: pênis

“Toque minha ICO”, era frase de um anúncio no Facebook onde mostrava uma mulher reclinada num sofá usando um maiô, uma estratégia de marketing usada pela empresa DateCoin (que sugere encontros) na sua oferta de ICO.

Após o encerramento da North American Bitcoin Conference, evento que foi realizado em janeiro, onde 84 oradores eram homens e somente três mulheres, o desfecho desse encontro foi num clube de striptease em Miami. Detalhe: o ‘after-party’(pós-evento) foi oficialmente programado. “Foi só coincidência que houve mais homens do que mulheres oradoras e não foi intencional não incluí-las, só não temos tempo para isso”, disse Moe Levin, o organizador.

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O que esses três acontecimentos têm em comum? Eles produzem a teoria de que mulheres ainda são consideradas inferiores e sem autonomia para ‘tocar certos acordes de uma canção, ou seja, dão-lhes apenas algumas notas’. E isto significa que o mundo em desenvolvimento está em perigo no setor de tecnologia onde mulheres são uma minoria que representa de 4% a 6% dos investidores.

Embora não presenciamos uma disseminação do machismo nesse segmento de moedas digitais, ao menos não abertamente, personalidades atentas a certas atitudes no ramo já ligaram o sinal de alerta de modo a repelir qualquer atitude de misoginia.

“Mulheres, invistam em Criptos! Caso contrário os homens enriquecerão de novo”, publicou no Twitter a investidora Alexia Bonatsos.

Bonatsos foi oradora num evento nesse mês em São Francisco. Foi a partir daí que alguns líderes do ramo de criptomoedas passaram a organizar eventos na intenção de atrair mulheres para essa nova indústria. O fundador da Future Perfect Ventures, Jalak Jobanputra, tem investido na criação de um grupo em defesa da diversidade, demonstrando que o problema do machismo também o incomoda.

Brit Morin, um empresário do Vale do Silício, realizou recentemente um evento sobre Blockchain só para mulheres, foram 500 espectadoras.

“Temos a oportunidade de reconstruir os sistemas financeiros e as mulheres querem fazer parte disso”. disse Morin.

Uma história angustiante:

A desenvolvedora da Zcash, Jay Graber também relatou sua história em meio às “Baleias” (termo usado para os grandes detentores de criptomoedas). Ela relatou a Nellie Bowles, jornalista do New York Times, que se interessou pela nova área após participações no protesto Occupy Wall Street, em 2011. Ela disse que estava muito segura do que queria, mas que passou maus bocados dentro de um grupo de pessoas, segundo ela, alienados.

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“Nunca me senti insegura antes de entrar neste ambiente, mas eu acabei percebendo que ali não havia mais ninguém como eu. É um sentimento muito difícil quando você não vê ninguém como você… Eu tinha aquela sensação perpétua de sempre estar fora daquelas conversas – É um estado geral de alienação”, disse Graber.

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