Imagem da matéria: Criptomoeda nativa de corretora e token que recebeu "empurrãozinho" de CZ lideram ganhos de 2022 
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Faltando menos de uma semana para a virada do ano, os gráficos de desempenho das criptomoedas em 2022 já revelam as maiores ganhadoras e perdedoras do ano.

Embora o inverno cripto tenha atingido de cheio todo o mercado, com os líderes Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) vendo seus preços caírem pela metade ao longo do ano, são as criptomoedas coadjuvantes que lideram ambos os extremos, de maiores perdas e maiores ganhos.

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De acordo com dados do CoinMarketCap, a criptomoeda que mais valorizou em 2022 – entre as 100 maiores do mercado – foi GMX (GMX), que subiu 101,4% entre os dias 1º de janeiro de 27 de dezembro.

Já maior perdedora do ano, com base nesse mesmo período de análise, foi a Terra Classic (LUNC), como passou a ser chamada a versão original da LUNA, moeda que protagonizou um dos maiores vexames do ano cripto.

Veja abaixo as criptomoedas que mais subiram e caíram em 2022:

As vencedoras de 2022

GMX e TWT acumulam os maiores ganhos do ano de 2022
GMX e TWT acumulam os maiores ganhos do ano de 2022 (Fonte: CoinMarketCap)

1. GMX

Ao subir impressionantes 101% desde o início do ano, a criptomoeda GMX, embora pouco conhecida, lidera o ranking das maiores vencedoras de 2022.

GMX é o token nativo da exchange descentralizada (DEX) GMX.io, e faz parte de um setor do mercado cripto cuja popularidade disparou após o colapso da FTX despertar a desconfiança dos investidores nas plataformas centralizadas.

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O GMX serve de token de governança da plataforma que fornece negociação spot (à vista) e perpétua com baixas taxas de swap (troca). O ativo roda nas blockchains da Avalanche e Arbitrum, uma rede de segunda camada do Ethereum.

O grande impulso no preço do GMX veio em outubro deste ano, quando a corretora Binance listou o ativo na sua plataforma, ajudando-o a subir cerca de 50% na época.

O GMX é negociado atualmente por volta de US$ 12, preço que embora alto, ainda é 79% inferior ao recorde de US$ 217 batido em novembro de 2021. Atualmente, a criptomoeda está na 74ª posição no ranking do CoinMarketCap, com um valor de mercado de US$ 372 milhões.

2. Trust Wallet Token

A Trust Wallet Token (TWT), token nativo da popular carteira de criptomoedas Trust Wallet, aparece com a segunda maior valorização no ano, subindo 84% desde janeiro. 

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Assim como a GMX, a TWT viu sua popularidade crescer com a ruína de outras empresas do setor que fez com que muitos investidores tirassem suas criptomoedas de corretoras para fazer a autocustódia em uma carteira pessoal.

O que impulsionou a alta da TWT foi um “empurrãozinho” do CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao. Um dia antes da TWT bater seu recorde de preço, CZ fez um tweet em defesa da autocustódia de criptomoedas e indicou o uso da Trust Wallet, uma carteira comprada pela Binance em 2018.

Embora o token esteja sendo negociado atualmente a US$ 1,33, no dia 11 de dezembro o preço da TWT atingiu um topo histórico de US$ 2,72. De toda forma, os eventos recentes ajudaram o ativo a subir para a 59ª posição no ranking dos maiores ativos do mercado, com um market cap atual de US$ 555 milhões.

Ao desconsiderar o desempenho de stablecoins e tokens lançados este ano, apenas GMX e TWT registraram altas no ranking das 100 maiores criptomoedas do mercado.

As perdedoras de 2022

As cinco criptomoedas que mais caíram em 2022 (Fonte: CoinMarketCap)
As cinco criptomoedas que mais caíram em 2022 (Fonte: CoinMarketCap)

1. Terra Classic (LUNC)

Terra Classic (LUNC) é o nome que a versão original da Terra (LUNA) recebeu após o fracasso triunfal da criptomoeda que viu seu preço ir de US$ 100 a US$ 0 em maio deste ano.

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Naquele mês, a LUNA foi arruinada pelo espiral da morte que levou a stablecoin algorítmica UST a perder sua paridade com o dólar, atingindo diretamente a criptomoeda irmã LUNA, usada para garantir a sustentabilidade da stablecoin.

Existe uma longa lista de fatores, empresas e pessoas que podem ser culpadas pelo colapso da blockchain Terra, mas Do Kwon é o nome que entrou para o centro das críticas.

Atualmente, LUNC vale apenas US$ 0.00017, acumulando uma desvalorização de 100% desde 1º de janeiro. Apesar disso, o ativo ainda tem um valor de mercado relevante de US$ 1 bilhão.

2. Helium (HNT)

Helium (HNT) é a criptomoeda que registra a segunda pior desvalorização do ano, caindo 95% desde janeiro. 

A criptomoeda faz parte de uma rede que surgiu para alimentar dispositivos da Internet das Coisas (IoT), como sensores e rastreadores, por meio da tecnologia blockchain, com os operadores de nó sendo incentivados a participar da rede ganhando tokens HNT como recompensa.

Esse ano, no entanto, o Helium protagonizou uma série de polêmicas que vão desde acusações de que os executivos por trás do projeto formaram um conluio para ficarem ricos às custas dos investidores comuns, até uma proposta de mudança de rede nativa que desagradou parte da comunidade.

A criptomoeda é negociada atualmente US$ 1,81, cotação que representa uma queda de 96% desde o recorde de preço de US$ 55, marcado em novembro de 2021.

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3. Solana (SOL)

A Solana, que em 2021 foi a criptomoeda “queridinha” do mercado e a grande promessa para 2022, desapontou os investidores ao perder 93% do seu valor desde janeiro.

Além dos diferentes problemas técnicos que a rede enfrentou ao longo do ano, a criptomoeda criada por Anatoly Yakovenko também sofreu a consequência de ter uma relação tão próxima das companhias de Sam Bankman-Fried, que desmoronaram em novembro.

Através da Alameda Research, SBF investiu pesado na Solana, levando sua crença no projeto a um nível pessoal. A Alameda também investiu em vários projetos cripto relacionados à Solana e foi fundamental no desenvolvimento da Serum, a principal Dex e provedora de liquidez de SOL no meio DeFi

Como resultado de tudo isso, o preço da Solana, que já vinha sofrendo com as quedas generalizadas do inverno cripto, desabou ainda mais com o colapso da FTX.

Nesta semana SOL é negociada a US$ 10,88, preço 95% inferior a sua máxima histórica de US$ 260, alcançada no final de 2021.

4. Convex Finance (CVX)

O Convex Finance (CVX) aparece como a quarta criptomoeda com a maior desvalorização de 2022, caindo 93% ao longo do ano.

O token CVX permite que os provedores de liquidez do protocolo DeFi Curve ganhem uma parte das taxas de negociação da Dex sem fazer staking na plataforma. 

O Convex foi lançado em maio de 2021 como uma plataforma para simplificar o staking de CRV (token nativo da Curve) e criar um ponto de acesso a benefícios de CRV por meio de seu token nativo CVX. Naquele ano, Convex se tornou o maior holder de tokens veCRV e protagonizou o que foi apelidado de “Curve Wars” (“Guerras no Curve”).

Ao longo de 2022, no entanto, o token foi perdendo seu valor de mercado. Se em janeiro deste ano o CVX era negociado a US$ 62, a moeda fecha dezembro valendo apenas US$ 3,48.

5. Axie Infinity (AXS)

Para fechar a lista das maiores quedas do ano está o token de governança do Axie Infinity, o jogo play-to-earn mais popular do setor cripto, que viu seu preço cair 92,9% em 2022.

A criptomoeda, que era negociada perto do recorde de US$ 165 nesta época do ano passado, hoje flutua por volta dos US$ 6. 

A desvalorização da AXS ilustra o impacto deixado pelo fim do hype dessa modalidade de jogos que recompensa o tempo e esforço do jogador com criptomoedas. 

São vários os fatores que levaram a derrocada da AXS, como a queda nas recompensas pagas aos jogadores que, por sua vez, diminuiu o interesse e investimento no ecossistema. Além disso, várias mudanças na economia e na jogabilidade do Axie Infinity desagradaram parte dos usuários, que também sofreram o baque da venda de tokens AXS por investidores privados.

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