Imagem da matéria: CPI rejeita chamar pai de Neymar e filho de Bolsonaro; "Engomadinho do Bitcoin" é convocado
Jair Renan, o filho “04” de Jair Bolsonaro (Reprodução Instagram)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trata das Pirâmides Financeiras decidiu nesta quarta-feira (30) não convocar Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar Jr., e nem Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em um movimento rápido, houve uma inversão na ordem da pauta para votar primeiro a convocação de Jair Renan e, logo em seguida, sua convocação foi rejeitada pelos deputados, gerando revolta no autor do requerimento, Glauber Braga (PSOL-RJ). Esse foi o primeiro requerimento de convocação rejeitado pela comissão desde o início dos trabalhos.

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Segundo o deputado, foi realizada uma manobra pelos parlamentares, que se aproveitaram de uma saída dele da sala da CPI para rapidamente realizarem a mudança na pauta e votarem a convocação. O presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse, porém, que ele deveria estar atento e que não houve nenhuma manobra.

O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou na mira da CPI por conta do seu envolvimento com uma ação fracassada em um metaverso, o qual ele abandonou após a criptomoeda do projeto desabar quase 90%.

Leia também: Filho de Bolsonaro abandona metaverso e apaga vídeo após criptomoeda do projeto desabar 86%

Família Neymar prestou esclarecimentos

No caso do pai do jogador do Al-Hilal, o deputado Caio Vianna (PSD-RJ), autor do requerimento, retirou seu pedido da pauta, explicando que os advogados do atleta entraram em contato com a comissão e disponibilizaram diversos documentos para prestar esclarecimentos, e, portanto, achou que não era mais necessária sua convocação na CPI.

O pedido de convocação do pai de Neymar Jr. foi feito após o depoimento do presidente do Santos Futebol Clube, Andrés Rueda, que disse que a conexão entre Santos e o cassino Blaze foi feita pela família do jogador, que ficou com 10% do valor do contrato de R$ 45 milhões.

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O dirigente revelou que a Blaze fez um contrato de R$ 45 milhões para ser a principal patrocinador do clube por dois anos. Desse montante, R$ 25 milhões foram pagos à vista e o restante está sendo em parcelas mensais de R$ 899 mil. 

“Engomadinho do Bitcoin” é convocado

Gustavo de Macedo Diniz, o engomadinho do Bitcoin
Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin” (Foto: Reprodução)

Enquanto isso, a CPI das Pirâmides Financeiras aprovou a convocação de Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin” para depor perante a comissão.

Diniz chamou atenção nos últimos dias após a notícia de que ele – fundador da empresa Bybot, que prometia altos retornos por meio de arbitragem na compra e venda de criptomoedas – desapareceu após a companhia travar os saques de todos os clientes, deixando um prejuízo de R$ 70 milhões.

No fim de semana, um reportagem do portal Metrópoles afirmou que a facção criminosa Comando Vermelho está atrás de Diniz e outras duas pessoas que operavam o esquema. Supostamente, o grupo teria perdido o investimento que havia feito na Bybot para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

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Gol, Azul e Latam também são convocadas

Após o estouro do caso da 123 Milhas, que suspendeu todos os seus pacotes e entrou com pedido de recuperação judicial, a CPI aprovou nesta quarta a convocação dos representantes das companhias aéreas Gol, Latam e Azul para que expliquem o funcionamento do setor da aviação e ajudem a esclarecer o colapso da companhia de pacotes de viagem.

Ontem, o deputado Aureo Ribeiro explicou o motivo de a CPI ter se voltado para o caso 123 Milhas: “Milhas são uma moeda virtual, como tantas outras. Existem sérios indícios de ocorrência de pirâmide”.

O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD/SP), afirmou que os parlamentares chegaram à conclusão de que a empresa pode se tratar de uma grande pirâmide. 

“As pessoas colocam o dinheiro e do dia para a noite eles dizem que não conseguem honrar. Pode acontecer, mas se você não honra e não compra a passagem das pessoas, o que se espera é que você devolva o dinheiro que essa pessoa pagou. Preferiram sumir com o dinheiro. Será que é isso? Por isso a quebra de sigilo. Nós temos que saber o que eles fizeram com dinheiro dessas pessoas”, disse Silva.

Além disso, está previsto para hoje às 18h o depoimento de integrantes da 123 Milhas na comissão.

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