SBF da FTX no Congresso dos EUA
Criador da FTX, Sam Bankman-Fried no Congresso dos EUA (Foto: Reprodução)

Pouco mais de um mês depois de ter sido sentenciado a 25 anos de prisão, o fundador da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, concedeu uma entrevista ao site Puck em que comentou um pouco sobre como anda sua vida no centro de detenção (MDC).

No início da conversa, SBF explicou que ele vive em uma área da prisão que é dedicada principalmente a mulheres, mas que conta também com 35 homens, sendo pelo menos metade de assassinos.

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Segundo ele, os homens compartilham um grande dormitório com beliches, sem privacidade, em uma vida bastante tediosa em que quatro televisões ficam ligadas entre esportes, entretenimento e notícias. William D. Cohan, autor da entrevista, afirma que SBF prefere ver filmes e ficar jogando jogos em um tablet sem acesso à internet.

O ex-executivo da FTX disse não temer por sua segurança, mas que ainda não dorme bem durante a noite porque tem sono leve e os outros presos costumam incomodá-lo para tratar de sacos de arroz que são usados como moeda de troca dentro da prisão.

“O arroz que compra do comissário da prisão tornou-se uma das moedas do reino dentro do MDC. Brincamos brevemente sobre como as oportunidades de arbitragem na prisão eram melhores do que qualquer coisa que ele experimentou negociando criptomoedas na Jane Street Capital ou comprando e vendendo ativos na Alameda”, conta Cohan.

O entrevistador disse não ter tocado em alguns temas mais sensíveis envolvendo o caso de fraude pela qual SBF foi condenado, mas que sobre a escolha de sua ex-namorada Caroline Ellison para assumir a Alameda, ele chegou a perguntar para outras pessoas para ficarem com a vaga, mas que todas recusaram.

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Ellison, disse ele, era uma boa gestora de pessoas e uma boa administradora, mas não gostava de fazer grandes investimentos e não gostava de correr riscos, explicou Bankman-Fried, ainda que, no fim das contas, a Alameda tenha feito as duas coisas.

Visão do caso FTX

Na conversa, SBF também falou sobre a situação da FTX e sua tentativa de apelação da condenação. Segundo o ex-executivo, foi tudo armado para que ele fosse um bode expiatório, com uma teoria de que ele não deveria ter seguido a sugestão de seus advogados desde antes da exchange quebrar.

Tão logo Bankman-Fried deixou a empresa, em novembro de 2022, seu substituto, John J. Ray III nomeou a Sullivan & Cromwell como defensora dela no caso das dívidas. SBF afirmou que depois disso, os advogados fizeram uma apresentação para promotores federais falando sobre o que foi arquitetado entre FTX e Alameda, no que foi descrito como um roubo de US$ 8 bilhões de dinheiro de clientes.

SBF disse que se ele não tivesse sido persuadido pela Sullivan & Cromwell e depois por seus advogados pessoais a renunciar ao cargo de CEO, a FTX não teria pedido falência e ainda seria uma empresa próspera, avaliada atualmente em US$ 80 bilhões.

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“Tive a nítida impressão de que Sam ainda não acredita ter cometido nenhum crime, apenas que foi ele o responsável por colocar a FTX em uma posição vulnerável a uma corrida bancária e às ações tortuosas de seus concorrentes”, diz Cohan.

De acordo com a teoria de SBF, ele não está na prisão por misturar ativos da FTX e da Alameda. Em vez disso, ele é um inocente que não teve a chance de negociar um acordo com os promotores federais e se pergunta por que foi processado pelo que acredita ter sido uma forma de corrida aos bancos.

Sam Bankman-Fried também confirmou que irá recorrer da decisão contra ele até o segundo semestre deste ano.

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