O tetracampeão mundial de boxe Acelino ‘Popó’ Freitas revelou na noite de terça-feira (07) que aplicou R$ 1,2 milhão na Braiscompany. “Coloquei 1 mi e 200”, comentou Popó, usando seu perfil verificado do Instagram, durante uma live realizada pelo dono da Braiscompany, Antônio Neto Ais.
A Braiscompany, que diz ter um negócio de “aluguel de criptoativos”, tem atrasado constantemente os pagamentos aos clientes desde dezembro. Investidores insatisfeitos estão planejando um protesto na sede da empresa em Campina Grande, na Paraíba, para quinta-feira (9).
Não é a primeira vez que o boxeador se envolve com investimentos polêmicos. No ano passado, Popó também disse no Flow Podcast que havia entrado numa furada ao aceitar promover um produto duvidoso, chamado ‘Robô do Pix’. Segundo ele, o arrependimento veio após ele começar a receber reclamações de quem havia adquirido o produto.
O campeão do boxe disse que recebeu R$ 100 mil para marcar o robô em sua rede social, mas se arrependeu após denúncias.
“Quando a gente vai pesquisar tudo, quem é — porque a gente é novo nessa parada —, quando vai ver é o negócio do robozinho”, disse ele na ocasião.
Tiago Reis volta a criticar a Braiscompany
Já o economista e analista financeiro Tiago Reis, criador da casa de análises Suno Research, voltou a comentar sobre a Braiscompany depois de passar um longo tempo sem criticar a empresa, que está sendo pressionada por seus clientes pela falta de pagamentos há pelo menos dois meses.
Reis, que foi a primeira pessoa conhecida no mercado financeiro a acusar o negócio com criptomoedas de pirâmide financeira, desta vez foi irônico e postou vários memes de “Eu avisei”.
“Como está a situação em Campina Grande? Estou pensando ir para lá”, escreveu o empresário no Twitter na noite de terça-feira (07). Campina Grande é um município do estado da Paraíba onde fica a sede da Braiscompany.
Como está a situação em Campina Grande?
— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) February 7, 2023
Estou pensando ir para lá.
Antes, supostamente uma crítica sobre a live que o dono da Braiscompany, Antonio Neto Ais, transmitiu na ocasião, Reis fez a seguinte crítica:
“Imagina que você tenha conta em um banco, um Bradesco ou Itau da vida. Dai na hora de sacar o gerente te fala algo como ‘eu não vou te pagar porque a Lojas Americanas não está nos pagando’. Parece piada. Mas tem uma empresa justificando assim o não pagamento de seus clientes”.
O usuário do Twitter @Jorgelmf87 compartilhou uma imagem da live de Ais, provocando Tiago Reis: “11 mil pessoas na live e só as mesmas 50-100 pessoas escrevem comentários, só com mensagens positivas… O cara está ganhando tempo…”.
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Reis então respondeu com um meme que diz: “Já avisei que vai dar m**** isso”.
— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) February 8, 2023
“Eu te avisei, agora se vira”, diz outro meme.
— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) February 7, 2023
Acusação contra a Braiscompany
Denunciador ferrenho de esquemas fraudulentos, Tiago Reis já comprou briga com vários negócios controversos, como os robôs de trader vendidos pelo empresário Cristiano Medeiros, que se apresenta nas redes sociais como ‘Vovô Rico’ e a suposta empresa de investimento em criptomoedas, Braiscompany.
Sobre a Braiscompany, Reis fez um alerta em dezembro de 2020: “Quanto mais cedo eles saírem fora desta melhor. Quem deixar para depois vai ficar sem nada”.
Na mesma ocasião, o polêmico youtuber Raiam Santos também fez uma postagem denunciando a mesma Braiscompany.
“Já avisei com Unick, DD Corporation, todas elas. A próxima a cair é a Braiscompany. É a operação faraó acabando com todas as pirâmides do Brasil”.
Atrasos no pagamento
A Braiscompany garante ter passado ilesa pelo inverno cripto. Mais do que isso, alega ter obtido um lucro de 83,2% para os clientes só em 2022. “Em quatro anos entregamos 342,41% de performance aos nossos clientes”, disse em um post no Instagram.
Os líderes da Braiscompany, o casal Antonio Neto Ais e Fabricia Ais, foram citados em processos judiciais por ligação com a pirâmide financeira D9 Club, bem como foram alvos de investigação da CVM e Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Para somar ao passado polêmico dos executivos da Braiscompany, eles já foram desmentidos pela ANBIMA após simular que tinham o selo de segurança da entidade — algo que não possuíam.
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