Imagem da matéria: Bitcoin cai R$ 100 mil desde máxima histórica; saiba o que aconteceu
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O bitcoin caiu R$ 100 mil desde que bateu sua máxima histórica de R$ 366 mil em 13 de abril. Nesta segunda-feira (23), segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB), a criptomoeda chegou a ser negociada a R$ 263 mil nas exchanges brasileiras.

Em dólar, o cenário é parecido. O ativo digital, de acordo com dados do CoinMarketCap, despencou de US$ 63 mil na semana passada para US$ 49 mil hoje, uma queda de 22% em menos de 10 dias.

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O CMO da fintech Zro Bank, Cazou Vilela, disse ao Portal do Bitcoin que a desvalorização da moeda se deve a uma sequência de fatores encadeados. A causa original, falou, foi a inundação de uma mina de carvão inacabada em Xinjiang, na China, que fez com que o governo precisasse desligar o fornecimento de energia do país:

“Sem energia, os mineradores de bitcoin na região, que concentra a maior parte da mineração de BTC do mundo, precisaram parar. Com menos mineradores funcionando, o hashrate (capacidade computacional da blockchain do Bitcoin) caiu drasticamente, fazendo o custo de transação da rede subir com a demanda”.

De acordo com Vilela, o aumento do preço das operações gerou uma queda momentânea no preço do BTC, que acabou afetando os investidores que apostavam em uma continuidade da valorização do ativo digital.

“Como muitos estavam apostando na alta, operando em contratos futuros, quando a queda aconteceu – causada pelo incremento do custo de transação – muita gente foi “stoppada” pelas corretoras e aí quanto mais liquidação acontece, mais stops são disparados e mais o preço cai”, falou.

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As liquidações são um recurso de segurança acionado pelas exchanges para proteger traders de grandes perdas. Nos últimos dias, os mercados futuros tiveram liquidações acentuadas.

Vilela ressaltou, no entanto, que esses fatores de queda são temporários e assim que tudo ser normalizar na China, o esperado é que a rede do Bitcoin volte a funcionar com seu nível anterior de hashrate.

Bitcoin passa por correção natural, diz diretor de exchange

O diretor da Binance no Brasil, Ricardo Da Ros, disse para a reportagem que o bitcoin está apenas passando por uma correção natural, que pode ser de até 40% se for levado em consideração 2017 – ano de bull run da criptomoeda – como referência:

“Caso o padrão se repita, após a correção o preço do BTC continuará a subir passando dos US$ 65 mil e chegando a novas máximas ainda neste ano”.

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De acordo com ele, durante essas correções sempre há notícias negativas para correlacionar com a mudança de preço, como o caso da corretora Thodex da Turquia e os rumores sobre o aumento dos impostos para investidores nos Estados Unidos, que deve ser anunciado oficialmente na próxima semana pelo presidente Joe Biden.

“Mas as notícias negativas não causam mudança estrutural no ciclo de preço. Elas servem apenas para alterar o sentimento no curto prazo”, disse Da Ros.

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