Poucos dias após uma forte queda, o bitcoin teve alta de 8,75% no final da manhã desta segunda-feira (30) e atingiu a máxima histórica em diversas corretoras de criptomoedas pelo mundo. Conforme os dados do Coindesk, o preço chegou a US$ 19.786 — US$ 3 acima do valor alcançado em dezembro de 2017.
O preço do ativo digital chegou a ser negociado a US$ 19.792 na Bitstamp, onde em 2017 o maior preço foi de US$ 19.666. A americana Kraken, o preço chegou a US$ 18.688 — US$ 8 a mais do que no recorde anterior.
A máxima ocorre após 9 semanas seguidas de alta. No ano, o bitcoin acumula valorização de 175%. O movimento em 2020 é impulsionado pelo crescente interesse de Wall Street pelo ativo.
Ao contrário de 2017, quando o bitcoin registrou o último recorde histórico, há uma diferença importante. A chegada dos chamados investidores qualificados ou institucionais. A entrada de grandes players é um fator que está movimentando o mercado, principalmente no segundo semestre, quando o bitcoin dobrou de preço.
Dando início a uma nova tendência, em setembro, a empresa MicroStrategy anunciou a compra de US$ 425 milhões em bitcoin. Essa foi a primeira compra pública de uma empresa listada na bolsa dos EUA.
Seguindo o exemplo, a Square, que tem como cofundador Jack Dorsey, criador do Twitter, também anunciou a compra de US$ 50 milhões em bitcoin.
O Paypal também entrou na jogada. O gigante do mercado de pagamentos digitais anunciou que permitirá que seus clientes comprem, mantenham e vendam bitcoin e várias outras criptomoedas diretamente por meio de suas contas.
Para José Arthur Ribeiro, CEO da corretora Coinext, 2020 está sendo um ano mágico para o bitcoin.
Leia Também
“Em novembro, especialmente, vimos uma valorização de 37%, o que não ocorria desde maio de 2019. O movimento se deve ao aumento da crise de confiança sobre as políticas monetárias, em especial, a impressão descontrolada de dinheiro, feita por Bancos Centrais ao redor do mundo fez com que muitos começassem a ver o bitcoin como reserva de valor”.
Segundo o executivo, ao contrário de 2017, o aumento não é uma bolha, mas sim o reconhecimento do ativo como resiliente e anti-frágil.
Bitcoin no Brasil
A máxima histórica em reais foi superada em 21 de outubro, quando o preço ultrapassou a marca de R$ 70 mil, que havia sido registrada em dezembro de 2017.
Desde então, o preço segue em forte alta e já é negociado acima dos R$ 105 mil.
No Brasil, o recorde foi superado antes devido a forte desvalorização do real frente ao dólar. Em 2017, o dólar era cotado a R$ 3,30, enquanto agora está R$ 5,30.
Maiores preços nas principais corretoras do mundo em dezembro de 2017:
• Gemini – $ 19.999
• Coinbase – $ 19.892
• Bitfinex – $ 19.891
• Huobi – $ 19.867
• Binance – $ 19.799
• BitMEX – $ 20.093
• Bitstamp – $ 19.666
• Kraken – $ 19.660