moeda solana com grafico no fundo
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As quedas no mercado de criptomoedas persistem nesta terça-feira (18), com o Bitcoin recuando mais 0,6% nas últimas 24 horas, para ser negociado no momento na faixa de US$ 95.685 – sua pior cotação em uma semana. Nos últimos 30 dias, a queda acumulada pelo BTC já chega a 9%.

Em real, o preço do Bitcoin está por volta de R$ 550.363 nesta manhã, segundo dados do Portal do Bitcoin.

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Praticamente todos os ativos digitais do top 100 acompanham o Bitcoin e estão no vermelho, incluindo Ethereum (-2,1%), XRP (-3,5%) e Dogecoin (-4,2%).

As maiores perdas, no entanto, são registradas pela Solana (SOL), que desvaloriza 8,2% nesta manhã, caindo para US$ 168,64. Neste ritmo, SOL também é a criptomoeda do top 10 com o pior desempenho na semana e no mês, perdendo 16% e 38% em cada período.

A Solana pode estar sendo impactada negativamente no momento pela proliferação de memecoins controversas em sua rede, cujas quedas bruscas têm causado prejuízos a muitos usuários. A mais recente e polêmica entre elas é a LIBRA, promovida na última sexta-feira (14) pelo presidente da Argentina, Javier Milei.

O embalo das memecoins da Solana já havia começado a se deteriorar após o lançamento do token TRUMP em janeiro e a consequente “drenagem de liquidez” que ele causou. 

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Já a LIBRA pode resultar em mais danos ao mercado, conforme destacou uma análise da Galaxy Research na segunda-feira, que descreveu o caso como o “mais recente episódio sórdido” do ecossistema de memecoins da Solana.

Segundo os especialistas, as quedas podem reduzir o incentivo para investidores manterem SOL na carteira, ativo cuja valorização tem sido impulsionada principalmente pela demanda por outros ativos baseados na sua rede, como memecoins.

Investigação contra Milei começa

Embora Milei tenha recuado e afirmado que não tinha intenção de endossar o projeto, o escândalo continua repercutindo na Argentina, afetando sua imagem e gerando acusações de que ele estaria promovendo uma fraude para a população.

Após múltiplas denúncias apresentadas no domingo por advogados argentinos, na segunda-feira a juíza federal María Servini, de Buenos Aires, recebeu o mandato para investigar acusações de fraude contra Milei.

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“Como um cara super entusiasta da tecnologia, ao ver a possibilidade de uma ferramenta para financiar projetos de empreendedores, eu apenas divulguei [a LIBRA]”, justificou Milei na segunda-feira em entrevista ao programa Todo Noticias. 

Na ocasião, o presidente também afirmou que, no máximo, “talvez quatro ou cinco” argentinos perderam dinheiro, argumentando que a maioria dos investidores eram “chineses e americanos”.

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