A Atlas Quantum já perdeu pelo menos um terço dos seus colaboradores após início da atual crise. A empresa de arbitragem com bitcoin, que continua com saques na criptomoeda travados há pelo menos dois meses, virou alvo da CVM e do Congresso brasileiro.
Antes de ser proibida de fazer oferta pública de investimentos pela CVM, a empresa chegou a ter mais de 300 colaboradores. Atualmente, a Atlas conta com pouco mais de 200 funcionários, conforme informações em sua página no Linkedin.
Procurada nesta quarta-feira (30), a assessoria da Atlas emitiu a seguinte nota ao Portal do Bitcoin:
“A Atlas Quantum informa que conta atualmente com 206 profissionais. Nos últimos seis meses, a empresa passou por uma readequação de sua estrutura, com foco na otimização dos processos e em resultados. A adequação já foi concluída”.
Executivos fora da Atlas
No mês passado, quatro dos principais executivos deixaram a empresa. Na ocasião, a assessoria de imprensa confirmou as demissões, mas não respondeu quais os motivos da tomada de decisão.
Cerca de um mês antes, Safiri Felix, colaborador do portal Infomoney, já havia deixado a Atlas Quantum. Segundo ele, o motivo foram divergências com Rodrigo Marques, CEO da empresa.
Contudo, dentre os executivos desligados, a ex-diretora executiva de Compliance, Emilia Malgueiro Campos, disse, em audiência pública na Câmara do Deputados no dia 25 de setembro, que sua demissão se deu pelo fato de ela fazer muitas perguntas.
Presente na mesma audiência, Marques não conseguiu explicar os atrasos dos pagamentos aos clientes.
Solução da Atlas não agrada clientes
A solução da Atlas para resolver os problemas de saque não está agradando seus investidores. Os “BitAtlas” (bitcoins presos na plataforma) estão sendo negociados por até R$ 5.160, um deságio superior a 85%.
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Os saques em bitcoin continuam travados. Logo, quem está adquirindo os BitAtlas não consegue realizar retiradas para carteiras próprias.
Portanto, a única forma de saque é vender os bitcoins pelo preço disponível na plataforma e sacar em reais.
Investigação
A Atlas virou alvo no Congresso brasileiro. O Deputado Federal Áureo Ribeiro protocolou em 16 de outubro a CPI das Criptomoedas, que vai investigar empresas que estão usando os ativos digitais para dar golpes nos investidores.
Outras empresas que viraram alvo do Congresso são a Zero10 e a Trader Group, ambas com sinais de esquemas de pirâmides financeiras.
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