Imagem da matéria: Além do bitcoin: em que criptomoedas ficar de olho em 2021, segundo especialistas
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O bitcoin não é a única criptomoeda do mundo. De acordo com Coinlib, plataforma que fornece informações sobre criptoeconomia, há pouco mais de 6 mil ativos digitais espalhados na internet.

Muitos desses ativos, no entanto, não têm valor algum de mercado e podem até mesmo ser golpes. Algumas inclusive recebem o apelido de “shitcoin” – termo pejorativo em inglês que se refere a uma moeda inútil.

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Por isso, o Portal do Bitcoin consultou os especialistas Daniel Coquieri (fundador da exchange BitcoinTrade), Theodoro Fleury (gestor do fundo com exposição a criptomoedas QR Asset Management) e Daniel Duarte (trader brasileiro) e preparou uma lista com as principais criptomoedas para ficar de olho em 2021.

Ethereum (ETH)

Todos citaram o ether, da blockchain Ethereum, criada no final de 2013 pelo escritor e programador russo-canadense Vitalik Buterin. As exchanges brasileiras e internacionais costumam identificar a criptomoeda, segunda maior em valor de mercado (atrás apenas do Bitcoin), pelo nome de Ethereum (ETH).

Em 2020, o ativo digital valorizou 467%% em dólar, passando de cerca de US$ 130 para US$ 732, segundo dados do CoinMarketCap. Em reais, de acordo com o Índice de Preço de Ethereum no Brasil, a criptomoeda valorizou 628%.

“Por conta das aplicações de finanças decentralizadas (DeFi), a rede do Ethereum vem tendo um grande nível de atividade desde maio de 2020 e, consequentemente, a rede vem gerando a maior receita de taxas entre todas as blockchains. Acreditamos na correlação entre atividade dentro da rede e preço do ativo, por isso achamos que o Ethereum pode se destacar em 2021”, disse Fleury.

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No Brasil, é possível encontrar ETH nas principais exchanges.

Litecoin (LTC)

Além do Ethereum (ETH), o trader Daniel Duarte recomendou o Litecoin (LTC), quinta maior criptomoeda do mundo. O LTC foi lançado em outubro de 2011 com base no protocolo do próprio sistema do Bitcoin. O criador foi um cientistida da computação chamado Charlie Lee.

“É uma moeda veterana no mundo cripto e tem uma emissão dada como o Bitcoin. Costuma demorar mais para valorizar, mas quando sobe, sobe mesmo”, falou Duarte

Em 2020, o LTC valorizou 195%, pulando de US$ 42 no início de janeiro para US$ 124 no final de dezembro. Nesta sexta-feira (8), a criptomoeda é negociada a US$ 175.

Assim como o ETH, o LTC também pode ser encontrado nas princiais corretoras brasileiras.

Comp

Coquieri, da BitcoinTrade – exchange que recentemente foi adquirida pela argentina Ripio -, recomendou também o token Compund (COMP), ativo DeFi lançado em junho de 2020 pela Compund Labs, uma empresa de desenvolvimento de software de código aberto fundada em 2017 pelos empresários Robert Leshner e Geoffrey Hayes.

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Do mês de seu lançamento até dezembro de 2020, a criptomoeda valorizou 131%, saindo de US$ 63 para US$ 146, segundo o CoinMarketCap. É possível encontrar essa cripto em exchanges internacionais com atuação no Brasil.

Aave

Na lista de Conquieri também consta o token Aave, criado pela empresa de mesmo nome. Em resumo, esse ativo é um protocolo financeiro descentralizado que permite às pessoas fazer empréstimos de criptomoedas.

De outubro de 2020 – mês em começou a ser negociada – até dezembro, a cripto passou de US$ 53 para US$ 81, registrando valorização de 52%.

“Os dois projetos acima de DeFi (Comp e Aave), que acompanho muito de perto, vêm construindo um produto que entrega valor aos investidores, então acho que vão crescer muitos nos próximos meses e anos”, disse Conquieri.

O token Aave é encontrada em exchanges internacionais com atuação no Brasil.

Link e MKR

Por fim, o fundador da BitcoinTrade também recomendou o ChainLink (Link) e o MakerDAO (MKR).

O Link, lançado no final de 2017 pelos desenvolvedores Sergey Nazarov e Steve Ellis, é uma blockchain e uma criptomoeda que buscam facilitar o uso dos contratos inteligentes entre diferentes plataformas de tecnologia de registro distribuído.

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Em 2020, o token valorizou 512%, pulando de US$ 1,84 para US$ 11,27.

Já o MKR é um token que permite aos usuários emitirem e gerenciarem uma stablecoin (nome dado a uma criptomoeda atrelada a um outra moeda) chamada DAI. O token foi criado em 2015 por Rune Christensen, um empreendedor de Sealand, na Dinamarca.

Em 2020, essa criptomoeda teve alta de 26%, passando de US$ 438 no início do ano para US$ 552 no final. Nos primeiros oito dias de 2021, o valor da cripto praticamente dobrou e, nesta sexta-feira (8), ela é negociada a US$ 1.100.

“A Link também entrega valor e solução. Quando falo entregar valor, digo que não é apenas uma ideia, mas algo que já funciona e que dá lucro, como uma empresa. E no caso do MKR, acho o MakerDAO o melhor e mais robusto ecossistema de DeFi que a gente tem hoje, que vem crescendo absurdamente”, disse.

É possível comprar a Link em exchanges brasileiras. O MKR, por outro lado, só é encontrado em corretoras internacionais.

Investimento com segurança

Como o mercado de criptomoedas é muito volátil, especialistas recomendam cautela na hora de fazer investimentos.

Em entrevista recente ao Portal do Bitcoin, o economista Charles Mendlowicz, do canal Economista Sincero, recomendou colocar apenas entre 1% a 5% do capital nesse mercado. “E antes de investir, é necessário estar sem dívidas e com as finanças em ordem”, falou ele.

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