Imagem da matéria: Trader brasileiro que perdeu 40 bitcoins na crise defende criptomoeda: "Melhor investimento"
O trader brasileiro Daniel Duarte, durante live na qual revelou seu patrimônio. (Foto: Reprodução/YouTube)

Foi por causa do bitcoin que Daniel Duarte resolveu atuar como trader. Depois de passar por empresas diversas e até por uma sociedade em uma boate, o paulista baseado em Porto Alegre viu no final de 2016 a criptomoeda como um investimento interessante e da qual virou entusiasta.

“Em vez de tomar 10 tequilas e um combo de vodka, é comprar e esquecer. É o melhor investimento do universo”, disse ele em conversa com o Portal do Bitcoin.

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Entre tombos e lucros ao longo dos últimos anos, construiu um patrimônio que chegou a R$ 7,3 milhões ao final de 2019. Além de trader, Duarte é atualmente sócio-investidor da corretora Nox Bitcoin e possui um canal no YouTube.

O valor, inclusive, consta na declaração de Imposto de Renda referente a 2019, que foi exibida por ele próprio durante live no último domingo (15).

Duarte decidiu fazer a live após os acontecimentos da última quinta-feira (12), quando o valor do bitcoin chegou a despencar 50% em um único dia — tendência que foi seguida por outras criptomoedas.

Segundo ele, a ideia foi de ajudar outros investidores para lidar com situações de oscilações no mercado e a fazer melhores investimentos.

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Ele próprio perdeu o equivalente a 40 bitcoins [80 BTC, considerando a alavancagem], algo como 10% de seu patrimônio, durante o cisne negro. E desafiou outros traders a mostrar como se saíram durante a crise — especialmente aqueles que vendem cursos sobre a atividade.

O “cisne negro” do dia 12

O que aconteceu na última semana é o que se pode chamar de “cisne negro”, jargão do mercado financeiro para se referir a um evento raro, de grande impacto e impossível de ser previsto.

Segundo Duarte, o mercado de criptomoedas vivia uma situação de “paraíso” até aquela fatídica quinta-feira sombria para todo o mercado, com reflexos também sobre o bitcoin e outras moedas digitais.

Enquanto uns apontam a pandemia de coronavírus, o trader vê outro fator como causador do tombo da criptomoeda:

“O mercado estava alheio ao vírus, a queda foi pelo petróleo”.

Apesar das perdas, Duarte ainda recomenda o bitcoin como investimento, especialmente na modalidade “buy and hold” (quando se compra pequenas quantidades mês a mês, pensando no longo prazo).

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Para quem atua do outro lado do balcão, no entanto, a situação é oposta. “Agora para ser trader [o bitcoin] é o mais difícil do universo. Tem as duas pontas e elas são bem extremadas”, explica.

Confissões de um trader iniciante

Os solavancos do último dia 12, no entanto, não foram os piores momentos que o trader enfrentou com bitcoin. Ele relata que em 2017, quando ainda era iniciante, cometeu erros que colocaram em risco tanto seu patrimônio como o de amigos próximos.

Esse grupo, incluindo Duarte, decidiu criar um fundo com bitcoin, a partir das reservas de cada um. Com o bitcoin cotado à época em torno de US$ 1.000, fez apostas em longo prazo a US$ 1.700. No entanto, uma estratégia equivocada no mercado chegou a colocar tudo a perder.

“E aí, inexperiente, comecei a ‘shortar’ (apostar contra a tendência). Aí o negócio começou a subir reto até US$ 3 mil. Quando subiu para US$ 3 mil eu não tinha sido liquidado, mas entrei em pânico porque era muita grana minha, mas também dos meus melhores amigos”.

Em meio ao turbilhão, o trader também esqueceu de dar ordens para zerar a posição. Com isso, continuou vulnerável a novas oscilações do mercado.

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As perdas foram compensadas meses depois, a partir de uma estratégia montada por uma amiga de Duarte que também investiu com ele. Com o que sobrou de bitcoins, ela adotou uma estratégia de investimento visando longo prazo, que permitiu um acréscimo de 30% sobre as perdas.

“Todo mundo se deu bem graças à minha melhor amiga e isso me fez aprender muita coisa. Porque só é um trader de verdade quem toma um chute no nariz e cai, levanta e recomeça”, refletiu Duarte.

Planos para a política

Um campo no qual Duarte deseja se aventurar em breve é na política. Filiado ao Partido Novo, vai dar apoio financeiro na eleição deste ano e planeja se candidatar a deputado federal pela legenda em 2022.

“Partido Novo é o único partido de fato. O resto é tudo organização criminosa”, diz ele.

Durante a live do último dia 15, Duarte deu uma pista do que pretende fazer, caso eleito para uma das cadeiras no Congresso Nacional. Ele propõe que servidores públicos com funções importantes, como juízes, promotores e parlamentares, tenham seus patrimônios expostos.


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