Na última sexta-feira (3), alguém gastou US$ 450 mil por um lote de terreno virtual próximo à mansão de Snoop Dogg no “Snoopverso”, uma seção do mundo de metaverso The Sandbox. Snoop retuitou o artigo e disse: “isso é uma pechincha”.
Ele pode estar certo.
Vendas de terrenos do metaverso chegaram a US$ 100 milhões apenas na última semana, incluindo US$ 2,43 milhões por um terreno no Decentraland e recordes US$ 4,3 milhões por um imóvel no The Sandbox.
Pode ser tentador não participar dessa loucura do metaverso como a mais recente bolha de gastos da internet, mas os pontos de dados só aumentam. O metaverso está crescendo, é algo real e muitas, mas muitas pessoas vão gastar muitas e muitas horas nele no futuro.
The Sandbox ainda não está completamente disponível; lançou um teste alfa na semana passada. Não importa: seu token SAND subiu 94% no último mês enquanto o token MANA, do Decentraland, subiu 30,9% durante o mesmo período.
A ironia da reformulação do Facebook para Meta é que, embora pessoas do mundo cripto zombaram a empresa (sua ação sofreu), seu acolhimento fez tokens do metaverso dispararem.
Por que todo esse hype? O metaverso não é uma palavra nova ou um conceito novo, apesar da tentativa de Mark Zuckerberg em torná-lo em sua própria marca.
Neal Stephenson cunhou o termo em seu romance “Snow Crash”, de 1992 e, antes disso, “Neuromancer”, de William Gibson, era ambientado no mundo virtual, assim como “Jogador Número Um”.
Icônicos jogos de computador do início da década de 2000, como The Sims, Second Life e Animal Crossing, eram todos jogos de metaverso.
Mas agora as coisas estão ficando sérias conforme pessoas gastam dinheiro real por casas virtuais e grandes marcas correm para conquistar seu espaço (Snoopverso, conheça o Budverso e o Tinderverso).
E antes que você ache que o metaverso é apenas para interagir com jogos, artistas de tokens não fungíveis (ou NFTs) podem te provar o contrário.
Eddie Gangland, cujos NFTs de caveira foram exibidos em uma festa dada por Gary Vaynerchuk no Art Basel em Miami na última semana, contou como, em junho, um estranho começou a conversar com ele enquanto ele estava criando uma galeria virtual dentro do setor do metaverso na Ethereum Crypto Voxels e, em seguida, comprou um de seus NFTs.
Conexões reais e humanas estão acontecendo no metaverso e estão resultando em investimentos de dinheiro real.
É claro que muitas pessoas que estão comprando tokens ligados ao ambiente digital não estão passando tempo lá, o que sugere que estão usando os tokens do metaverso como um investimento alternativo para comprar propriedades virtuais, assim como comprar uma ação da Coinbase ou um fundo de índice (ou ETF) de futuros de bitcoin é uma forma de obter exposição ao bitcoin (BTC).
Por enquanto, o preço dos tokens está subindo, as vendas de terreno estão multiplicando e tudo isso sugere um futuro em que o metaverso se tornará um paralelo próspero ao físico… carneverso.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização de Decrypt.co.
