Imagem da matéria: Após abraçar metaverso, Facebook recua em proibições a anúncios sobre criptomoedas
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Espere que suas tias e seus tios comecem a te perguntar mais sobre bitcoin (BTC) e tokens não fungíveis (ou NFTs, na sigla em inglês).

Isso porque o Facebook, o aplicativo de rede social mais popular nos EUA entre adultos mais velhos, anunciou que não irá mais evitar que anúncios relacionados a criptomoedas apareçam no site.

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“Estamos fazendo isso porque o ambiente das criptomoedas continua amadurecendo se estabilizando nos últimos anos e passou por mais regulações governamentais que estão criando normas mais claras para sua indústria”, afirmou a empresa em uma declaração.

(Nem todos concordam que o ambiente regulatório é claro, apesar de reguladores estarem implementando recursos para rondar o setor.)

Enquanto anunciantes cripto, incluindo corretoras, aplicações de empréstimo, carteiras e software de mineração, anteriormente precisava apresentar à rede social uma série de informações e, pelo menos, uma dentre três licenças regulatórias, agora só precisam apresentar uma dentre 27 licenças diferentes.

O Facebook, que recentemente foi reformulado para Meta para destacar suas ambições no metaverso, havia proibido anúncios cripto em 30 de janeiro de 2018, afirmando que a proibição era para proteger certos tipos de investidores, que dependem das redes sociais para acompanhar fofocas e notícias sobre o mundo, de fraudes.

“Queremos que as pessoas continuem descobrindo e aprendendo sobre novos produtos e serviços por meio de anúncios no Facebook sem temer esquemas ou enganações”, afirmou a empresa na época.

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“Dito isso, existem muitas empresas que estão anunciando opções binárias, ICOs e criptomoedas que não estão operando de boa-fé”. Também acrescentou que a política era “intencionalmente ampla” conforme refinava suas ferramentas para detectar anúncios enganosos.

Apesar da proibição, havia ramificações pela plataforma do Facebook e propriedades do Meta, como o Instagram, havia formas de contorná-la.

A influenciadora/celebridade Kim Kardashian, por exemplo, publicou uma promoção paga do Ethereum Max em seu Instagram, um token que fez um breve sucesso entre celebridades.

Embora a proibição geral de anúncios do Facebook tenha sido criticada pela indústria cripto, a suspensão acontece em uma época suspeitosamente oportuna para a empresa de tecnologia.

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Além de se tornar mais “maduro” nos últimos anos, cripto se popularizou conforme Coinbase, Robinhood e outros aplicativos facilitaram a compra de ativos e ajudaram seus preços a dispararem. Existe dinheiro a ser ganho, então apresentar o produto não é mais algo ruim.

Ironicamente, a suspensão acontece um dia após o executivo do Facebook David Marcus anunciar sua saída da Novi, a carteira cripto que o Facebook está desenvolvendo desde 2018.

Marcus liderou as iniciativas do Facebook em desenvolver sua própria criptomoeda, Diem, que ainda será lançada.

Se e quando for lançada, seus amigos provavelmente lerão sobre ela no Facebook.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização de Decrypt.co.

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