A maior corretora de criptomoedas do Brasil, o Mercado Bitcoin agora figura também entre as 20 maiores exchanges no mundo, de acordo com novo ranking do CoinMarketCap, a mais conhecida plataforma de dados do mercado.
Antes, o Mercado Bitcoin, com seus mais de um milhão de clientes, figurava entre as 200 corretoras mais representativas no ranking. Agora, o fator mais importante de ranqueamento é tráfego na internet, ou seja, a quantidade de pessoas que acessam o site da corretora. Até abril, o critério era o volume negociado pelas corretoras.
À luz desse novo parâmetro é que a corretora brasileira pulou para a 14ª posição. A mudança de critérios ocorreu após a compra do CoinMarketCap pela Binance, que, por sua vez, agora aparece em primeiro lugar.
Outras exchanges brasileiras que aparecem entre as cem de maiores volume de tráfego no novo ranking são a BitcoinTrade (61º), NovaDAX (66º), Braziliex (83º) e BitcoinToYou (90º).
De acordo com o critério atual, após a Binance, cuja pontuação de é 1.000, aparecem no topo do ranking do CoinMarketCap, a Coinbase Pro e a BitMEX.
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Ranking sob questionamento
A mudança, no entanto, tem sido alvo de questionamentos, já que em abril o CoinMarketCap foi comprado pela própria Binance. Os valores não foram informados oficialmente, mas a transação foi estimada em torno de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) pelo portal The Block.
O CoinMarketCap não mudou apenas sua posição sobre usar o tráfego da Web, mas também removeu um indicador criado em julho de 2019, projetado para fornecer dados mais precisos e eliminar o wash trading — uma técnica usada por exchanges para aumentar artificialmente o volume de negociação.
As mudanças beneficiam a Binance, que lidera nos novos critérios de classificação da plataforma de mercado.
Em 3 de abril, um dia após a Binance adquirir o CoinMarketCap, a bolsa foi classificada em 15º no site. O provedor de dados listou o volume reivindicado pela Binance como US$ 6,7 bilhões. Mas colocou seu volume ajustado, uma métrica projetada para remover qualquer atividade suspeita, em US$ 2,1 bilhões.