O Governo Federal liberou R$ 5,7 milhões para a segunda fase de execução da ‘Plataforma Blockchain para desenvolvimento de aplicações seguras em IoT’. O projeto está sendo realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), entidade com sede na cidade de Campinas (SP).
Conforme publicação Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (04), foram liberados R$ 5.773.714,00 por meio do convênio do CPqD com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
A Finep é a entidade que gerencia o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). Ambas instituições pertencem ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
De acordo com o Finep, o financiamento será realizado na modalidade ‘aporte direto’, cuja espécie se enquadra em “encomenda vertical de projeto de pesquisa”.
Segundo o órgão, o prazo de vigência e execução física e financeira do projeto é de até 24 meses a partir da data de assinatura do convênio.
A prestação de contas também tem prazo e deve ser realizada em até 60 dias contados da data do término da vigência.
Blockchain para cidades inteligentes
Segundo informações da assessoria de imprensa, o projeto, batizado pela instituição de BlockIoT (junção dos termos blockchain e IoT) visa desenvolver e demonstrar tecnologias destinadas a aplicações do tipo “Cidades Inteligentes”.
Isso engloba segurança pública, mobilidade urbana e saúde pública num ecossistema multidisciplinar, composto por órgãos públicos e privados interessados em soluções e tecnologias ligadas a IoT.
Nesta fase, um dos objetivos é o desenvolvimento de componentes para uma ou mais plataformas computacionais de código aberto para a prestação de serviços digitais em IoT por meio de tecnologias seguras como blockchain.
Durante a execução do projeto, escreveu o CPqD, será utilizada a abordagem de inovação aberta, contando com a participação de empresas brasileiras parceiras no desenvolvimento das provas de conceito e MVPs (produtos mínimos viáveis).
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Projeto Blockchain fez um ano
O BlockIoT começou a ser desenvolvido em dezembro do ano passado. Segundo o planejamento, a primeira fase teve duração de 12 meses.
Naquele estágio o foco era o desenvolvimento de componentes tecnológicos e um conjunto de aplicações voltadas para a identidade digital (ID) de pessoas e coisas.
Na ocasião, José Reynaldo Formigoni, gestor de soluções blockchain do CPqD, explicou:
“Um dos fatores básicos para aumentar a confiança no ecossistema IoT é a identificação digital segura, e isso vale para pessoas e coisas. A internet foi criada sem a camada de identificação, o que gera vulnerabilidades nos diferentes sistemas de identidade e acesso usados atualmente”.
Sobre o CPqD
O CPqD foi fundado em 1976 e tem sede na cidade de Campinas, São Paulo. A instituição é um dos maiores centros de pesquisa da América Latina e atua na pesquisa, desenvolvimento e suporte de diversos setores — industrial, agrícola, telecomunicações, financeiro, energia elétrica, corporativo e administração pública.
Com foco na inovação em tecnologias da informação e comunicação, a instituição mantém um portfólio abrangente de soluções que são utilizadas nos mais diversos segmentos de mercado no Brasil e no exterior.
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