Pelo menos 1.200 líderes que atuaram pela Unick Forex podem ser indiciados pela Polícia Federal (PF) e virarem réus no caso de pirâmide financeira.
De acordo com o Jornal NH, o número se refere apenas ao estado do Rio Grande do Sul e são dados da nova fase da Operação Lamanai da PF.
No entendimento das investigações, esses líderes podem ser coautores na fraude financeira comandada por Leidimar Lopes e Danter Silva, que seguem presos desde o mês passado.
Segundo a reportagem, quase todas as cidades da região do Vale do Sinos têm pelo menos um líder investigado — entende-se por líder “aquele que rodava com carro adesivado da Unick e ostentava ganhos surpreendentes nas redes sociais”.
Conforme a matéria, muitos investidores também terão que se explicar para as autoridades.
No Vale do Sinos, há empresários, médicos, dentistas e advogados com aplicações suspeitas na Unick. Um investigador contou que eles terão que justificar a origem dos valores e podem responder por sonegação fiscal.
Pirâmide dentro da pirâmide Unick
Logo que a Unick começou a quebrar, alguns líderes se mantiveram fiéis ao negócio. No entanto, muito deles partiram para outros negócios — ou abriram outras supostas pirâmides ou se associaram àquelas já em andamento, escreveu o NH.
Um investigador que falou à reportagem se mostrou estarrecido com o tipo de negócio, tachando de “fenômeno que merece estudo sociológico”. A matéria também destaca que é espantosa a quantidade de pastores evangélicos envolvidos como líderes.
Outro ponto, é que a PF descobriu que muitos dos líderes criaram pirâmides dentro da pirâmide, ou seja, eles arrecadavam o dinheiro e não aplicavam na empresa.
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Quem trocou de pirâmide, por exemplo, foi Rangel Andrades, ‘triplo-diamante’ e um dos maiores líderes da Unick. Recentemente ele começou a divulgar outro esquema, a MoGuRo Club.
Antes, porém, ele deletou todos os vídeos no Youtube que fazia referência à Unick. Andrades também passou por outros esquemas, como Velox10 e Telexfree.
Esquema Unick Forex
A Unick Forex estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado, mas mesmo assim permanecia vendendo produtos sob a justificativa de que vendia cursos.
Com a promessa de lucro de 100% sobre o valor investido em até seis meses, a empresa teria captado ilegalmente cerca de um milhão de pessoas até se tornar alvo da Polícia Federal no dia 17 de outubro.
Na operação, a PF prendeu nove pessoas, dentre elas Leidimar Lopes e Danter Silva. O diretor-jurídico e um dos cabeças no negócio, Fernando Lusvarghi, não foi localizado até o momento.
O relatório parcial sobre o caso da pirâmide indica uma dívida bilionária da empresa com seus clientes — cerca de R$ 12 bilhões.
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