Além de estarem atrás das grades, Leidimar Lopes e Danter Silva agora vão para o banco dos réus. A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a Unick Forex na quinta-feira (21).
No total, 15 pessoas foram denunciadas, entres ela a filha e o irmão de Leidimar. A lista de crimes considerada pela Justiça é longa, conforme o despacho que cita o MPF. O texto diz que de 2017 até outubro de 2019, na cidade de São Leopoldo, “os denunciados associaram-se na forma de organização criminosa, ordenada estruturalmente e com divisão de tarefas entre seus integrantes”.
Além disso, diz o texto, os integrantes da quadrilha obtinham “vantagens econômicas mediante a prática dos crimes de emissão de títulos ou valores mobiliários sem autorização”, praticavam evasão de divisas, lavagem de dinheiro e operavam de instituição financeira sem autorização legal. O dinheiro da operação foi, em parte, enviado ao exterior.
Além de Leidimar e Danter, os outros réus são: Ana Carolina Oliveira Lopes, Caren Cristiani Greff de Oliveira, Euler da Silva Machado, Fabiano Alves da Silva, Fernando Baum Salomon, Fernando Marques Lusvarghi, Israel Nogueira e Souza, Marcos da Silva Kronhardt, Paulo Sérgio Kroeff, Ronaldo Luis Sembranelli, Sebastião Lucas da Silva Gil, Itamar Bernardo Lopes, Ricardo Ramos Rodrigues.
Leidimar está sendo considerado o cérebro da organização criminosa. “Dada sua posição de ascendência, era tratado pelos integrantes do grupo como ‘Comandante’, ‘Presidente’ ou ‘Chefe'”, diz a denúncia.
O dinheiro teria sido movimentado por 16 empresas. Entre elas as conhecidas SA Capital e Urpay. Chama atenção, porém, que até mesmo uma escola de educação infantil foi usada.
Agora, os denunciados terão 10 dias para responderem às acusações por escrito. A Justiça também determinou que o MPF se manifeste sobre a necessidade de manter partes dos acusados na cadeia, visto que eles estão em prisão preventiva.
Esquema Unick Forex
A Unick Forex estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado, mas mesmo assim permanecia vendendo produtos sob a justificativa de que vendia produtos de educação — algo similar ao que faz a DD Corporation hoje.
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Com a promessa de lucro de 100% sobre o valor investido em até seis meses, a empresa teria captado ilegalmente cerca de um milhão de pessoas até se tornar alvo da Polícia Federal no dia 17 de outubro.
Na operação, a PF prendeu nove pessoas. O diretor-jurídico, Fernando Lusvarghi, não foi capturado e é considerado foragido pela Justiça.
O relatório parcial sobre o caso da pirâmide indica uma dívida bilionária da empresa com seus clientes — cerca de R$ 12 bilhões.
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