Glaidson Acácio dos Santos e Mirelis Zerpa
Glaidson Acácio dos Santos e Mirelis Zerpa (Foto: Reprodução/Instagram)

A Justiça do Rio de Janeiro, por meio do juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 5ª Vara Empresarial, decretou na sexta-feira (16) a falência da GAS Consultoria, empresa do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, que prometia um retorno mensal de 10% sobre o valor investido, e foi desmantelada em 2021.

De acordo com O Globo, o último levantamento da administração judicial, a GAS, que é acusada de operar um esquema ilegal de criptomoedas e pirâmide financeira, acumula uma dívida superior a R$ 3,8 bilhões, com 62.604 credores que apresentaram documentação comprobatória.

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Inicialmente, foram registrados 127.785 cadastros, mas a maioria dos investidores não forneceu os documentos exigidos. O estudo aponta que 74% dos credores investiram até R$ 50 mil, representando 26% do total da dívida, enquanto 5% dos credores, com créditos acima de R$ 200 mil, correspondem a 39% do montante devido. 

A GAS Consultoria havia solicitado recuperação judicial em maio de 2022, mas, em 16 de fevereiro de 2023, a 5ª Vara determinou a antecipação dos efeitos da falência e determinou a indisponibilidade dos bens dos sócios para garantir o pagamento aos credores.

GAS Consultoria

Preso há quase quatro anos, Glaidson já enviou diversos pedidos de Habeas Corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas as investigações comprovaram que ele planejava fugir do Brasil antes da prisão e que, mesmo após estar preso, continuou operando o sistema criminoso.

De acordo com investigação do Ministério Público, Glaidson “indiscutivelmente é líder de organização criminosa que, a despeito da prisão de boa parte dos membros, ainda opera violentamente corrompendo agentes do estado”.

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Além do roubo do dinheiro de milhares de clientes pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.

A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação revelou ser uma pirâmide financeira, que desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras, quando passou a configurar no caso o nome da esposa de Glaidson, Mirelis Zerpa.

Em dezembro de 2022, a Justiça do Rio decidiu que o criador da GAS Consultoria irá a júri popular por acusação de homicídio agravado pela prática de extermínio de seres humanos.

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