*Erramos: Ao contrário do que foi afirmado anteriormente, Cláudio Oliveira segue como sócio do Bitcoin Banco. Na verdade, ele apenas deixou a diretoria.
O grupo Bitcoin Banco mudou o quadro social e o nome de seu fundador, Cláudio José de Oliveira, não consta mais no quadro diretor do documento da Receita Federal.
Além dele, não estão mais o diretor-jurídico, Ismair Couto; a vice-presidente, Heloísa Ceni; o diretor comercial, Jaime Schier; e o diretor de tecnologia, Ibraim Mansur Neto.
De acordo com a tela do Quadro de Sócios e Administradores da empresa junto à Receita Federal, o presidente do Grupo Bitcoin Banco passou a ser Johnny Pablo Santos, que antes era o diretor administrativo e gestor de risco da companhia.
Segundo o documento, Santos foi o único que permaneceu na empresa. No lugar dos antigos diretores, estão Leonardo Bonatto Cordouro; Fernando Hishida e Abrãao Balestrin.
Ao Portal do Bitcoin, a assessoria de imprensa da empresa afirmou em nota:
“Não houve nenhuma mudança societária no Grupo Bitcoin Banco. A CLO Participações detém 99% das ações e Cláudio Oliveira possui 1% do GBB. Cláudio Oliveira é o controlador da CLO Participações.
Em 27 de maio houve uma alteração no quadro de diretores. Ismair Couto deixou suas funções no GBB para assumir um posto na CLO Participações. Jaime Alberto Schier deixou o GBB em 14 de janeiro deste ano.”
Controladora do Bitcoin Banco
A questão, no entanto, é que a CLO Participações é uma holding que abarca além do Bitcoin Banco, as exchanges Negociecoins e a TemBTC e as empresas Zater Capital e a Tagmob, conforme é apontado em seu próprio site.
“A CLO Participações e Investimentos S/A é uma holding criada para controlar e organizar assuntos financeiros e administrativos do Grupo Bitcoin Banco e das empresas que a compõem”.
A CLO tem em seu quadro de sócios, Cláudio Oliveira como presidente; e diretores Ismair Couto; Heloísa Ceni e Ibraim Mansur Neto; além de Lucinara Oliveira (esposa de Claudio Oliveira).
Crise do GBB
Desde o dia 17 de maio que o Bitcoin Banco vem segurando os saques de clientes. A empresa afirmou que essa crise ocorreu devido a uma invasão hacker, a qual gerou R$ 50 milhões de prejuízo.
O GBB disse por meio de seu presidente à época, Cláudio Oliveira, que alguns clientes mal-intencionados teriam efetuado saques duplos. A empresa chegou até a levar o caso à polícia.
A Justiça do Paraná, por meio da 25ª Vara Cível de Curitiba, mandou intimar as empresas do grupo econômico, formado pela CLO participação e investimentos S/A; Grupo Bitcoin Banco; as exchanges Negociecoins e TemBTC entre outras a apresentar um documento produzido por uma auditoria externa independente a fim de atestar as supostas fraudes praticadas pelos requeridos.
Além disso, os saques suspensos motivaram aqueles investidores que não puderam ter acesso ao seu dinheiro e a tampouco às suas criptomoedas a entrarem com ações judiciais.
Em um dos casos, a Justiça chegou a encontrar 11 carros de luxo pertencentes a outras empresas Cláudio Oliveira.
Numa outra ação, a Justiça mandou bloquear quase R$ 6 milhões das principais empresas do grupo. Contudo, as contas estavam vazias. O valor bloqueado foi de R$ 130 mil, sendo R$ 122 mil na BAT exchange.