Mesmo após uma queda de até 15% desde a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, a maior criptomoeda do mundo ainda corre riscos de passar por novas correções negativas de preço, ainda que até o momento os novos fundos sejam um sucesso.
Dados fornecidos por algumas das principais empresas por trás dos onze fundos negociados em Bolsa (ETFs) aprovados, como BlackRock, Fidelity e Bitwise, mostram que só no início desta semana os volumes superaram US$ 500 milhões, depois de terem gerado US$ 10 bilhões em apenas três dias.
Os números mostram que ainda existe uma demanda de investidores institucionais. A Coinbase, custodiante de vários desses ETFs, registrou volumes recordes de negociação em sua mesa OTC.
Porém, um relatório desta quinta-feira (18) da empresa de análise on-chain CryptoQuant citado pelo site CoinDesk, diz que ainda existem riscos negativos no radar e que podem puxar o preço mais para baixo.
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“Várias métricas e indicadores da rede ainda sugerem que a correção de preços pode não ter terminado ou pelo menos que uma nova alta ainda não está prevista”, disseram os analistas da CryptoQuant. “Investidores de curto prazo e grandes detentores de bitcoin ainda estão realizando vendas significativas em um contexto de atitude de ‘sem risco'”.
Os analistas ainda apontam que “as margens de lucro não realizadas não caíram o suficiente para que os vendedores se esgotassem”.
A CryptoQuant foi uma das poucas empresas a falar diretamente que não acreditava em um impacto positivo nos preços após a aprovação do ETF de Bitcoin à vista.
No final do ano passado, os analistas da empresa apontaram que o BTC poderia sofrer uma correção em janeiro e cair para até US$ 32 mil numa potencial “venda de notícias” – evento em que o preço do ativo sobe antes de um acontecimento otimista e cai quando ele se concretiza de fato.
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