Imagem da matéria: Banco Inter vai negociar Bitcoin e criptomoedas em parceria com a B3
Plataforma de investimento do Banco Inter irá começar a vender criptomoedas (Foto: Shutterstock)

A Inter Invest, plataforma de investimentos do Banco Inter, anunciou nesta segunda-feira (26) que fechou parceria com a B3 Digitas, empresa do grupo B3 – a principal Bolsa de Valores do Brasil – que oferece infraestrutura para ativos digitais, para disponibilizar a compra e venda de criptomoedas na plataforma do banco.

A partir de terça-feira, 27 de junho, o serviço será disponibilizado para uma base específica de clientes selecionados e será ampliado de forma gradativa à medida que todos os testes forem concluídos. Segundo o Brazil Journal, o Inter possui hoje uma base de 26 milhões de clientes.

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Antes, só era possível ao cliente da fintech negociar cripto de forma indireta através de fundos como aqueles oferecidos por Hashdex e da Vitreo. Agora, no entanto, haverá negociação direta de cinco tokens: Bitcoin, Ethereum, Tether, Litecoin e Ripple.

Em resposta a questionamento feito pelo Portal do Bitcoin, o Banco Inter disse que inicialmente não irá permitir que os clientes saquem as criptomoedas para carteiras próprias para fazer a autocustódia.

Para fazer a compra, o cliente deve entrar na área de criptomoedas da plataforma de investimentos, selecionar qual das moedas será comprada e definir o valor que será investido, sendo possível comprar a partir de R$ 1,00.

A compra e venda de criptomoedas poderá ser realizada no aplicativo do Inter pelos clientes, pessoa física ou jurídica, em qualquer momento do dia.

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Disputa acirrada de mercado

O Inter é a mais recente integrante de uma disputa cada vez mais acirrada das fintechs brasileiras pelo mercado de criptomoedas. Em junho do ano passado, o concorrente Nubank liberou a compra de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) em sua plataforma,

Em setembro, a empresa anunciou que mais de 1,8 milhão de clientes já tinham realizado ao menos uma compra de criptomoedas por meio do aplicativo do banco. No evento de hoje, os executivos informaram que a fintech tem 79 milhões de clientes ao todo.

Já em março deste ano, a companhia entrou ainda mais profundamente no setor e lançou sua própria criptomoeda. A Nucoin funciona como um programa de fidelidade e é um projeto foi desenvolvido com a Polygon, a blockchain emissora do token MATIC.

A empresa disse ao Portal do Bitcoin que serão criadas 100 bilhões de Nucoins, sendo cerca de 80% destinados aos usuários finais (tanto do Nubank quanto de outras empresas que se juntem ao protocolo futuramente).

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Em agosto do ano passado, o exemplo já havia sido seguido pelo BTG Pactual, que estreou a sua corretora de ativos digitais Mynt. Enquanto os concorrentes incluíram as exchanges dentro dos aplicativos, o cliente BTG não é automaticamente cliente da nova corretora. Atualmente, o portfolio da Mynt já conta com 28 cripotmoedas.

Quem também desembarcou nesse segmento foi a XP Investimentos, com a chegada da plataforma Xtage que, em fevereiro deste ano, passou a permitir que os clientes depositem Bitcoin e Ether na plataforma a partir de outras carteiras. 

A Xtage é a segunda tentativa da XP de entrar no mercado de criptomoedas. Em 2018 a empresa lançou a plataforma Xdex, que acabou sendo retirada em 2020 por falta de procura.

O projeto utiliza uma tecnologia contratada junto à Nasdaq, a bolsa de valores de empresas de tecnologia. Rabechini explica que a XP irá utilizar o sistema de gerenciamento de riscos, de ordens e compliance da empresa dos Estados Unidos.

Amadurecimento do mercado

“A indústria de investimentos brasileira está cada vez mais madura, e o tema criptomoedas tem ganhado considerável espaço nesse mercado”, afirma Felipe Bottino, diretor da Inter Invest, em comunicado. “A B3 Digitas vem com o legado de solidez e credibilidade da bolsa do Brasil e nos dará suporte para a entrega de um serviço com alto nível de eficiência e proteção para os nossos clientes, o que consideramos ser um valor prioritário”, completa.

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“A B3 Digitas oferece uma plataforma transparente e segura, contribuindo para a construção de um mercado de criptomoedas cada vez mais robusto e confiável. Com nosso serviço, trabalhamos para que instituições possibilitem a seus investidores diversificar cada vez mais as suas carteiras e explorar novos mercados em constante transformação “, afirma Jochen Mielke de Lima, CEO da B3 Digitas.

*Texto atualizado às 16h30 do dia 26 de junho de 2023 para inclusão do posicionamento do Banco Inter sobre saque e autocustódia.

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