Os preços das criptomoedas foram uma mistura esta semana. Mas, na manhã de domingo (27), apenas algumas das 20 principais crias ativos por capitalização de mercado não estavam no verde nos últimos sete dias. Isso levanta a questão: os efeitos brutais do recente desastre da FTX estão indo embora?
Bitcoin (BTC) permanece praticamente inalterado desde sete dias atrás. Está em queda de 0,2% em relação à semana anterior, de acordo com dados da CoinGecko, e atualmente é negociado a US$ 16.539. No início da semana, caiu para US$ 15.649, seu nível mais baixo em dois anos.
O Ethereum (ETH) teve o mesmo desempenho. O segundo ativo digital favorito do mundo caiu 0,4% na semana passada, sendo negociado atualmente a US$ 1.219. Na segunda-feira passada, o ativo caiu 7% quando o invasor que drenou as carteiras da FTX trocou uma parte significativa do ETH roubado por BTC.
Ambos os líderes de mercado se recuperaram um pouco na quarta-feira, quando o Federal Reserve divulgou a ata de sua reunião de novembro. A boa notícia é que o banco central dos EUA planeja fazer aumentos menores nas taxas de juros daqui para frente. Isso sinaliza o fim de um ciclo de altas — três até agora neste ano, cada uma de 75 pontos-base — que foram as mais acentuadas desde 1994.
Os detentores de Solana (SOL) evitaram mais uma semana de perdas. A moeda nº 17 (anteriormente uma das dez primeiras) não está mais em queda livre, tendo crescido esta semana em 3,3% para atingir US$ 14,08. Na terça-feira, o Litecoin (LTC) tomou o lugar da SOL no ranking das criptomoedas.
Solana foi a mais atingida pelo colapso da FTX entre as principais criptomoedas do setor. O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi um dos primeiros apoiadores da Solana e também possuía um grande estoque de SOL por meio de sua outra empresa cripto, a Alameda Research. A SOL era a segunda maior moeda do fundo de hedge que faliu.
Muitas das principais criptomoedas registraram pequenas perdas, mas várias tiveram altas consideráveis. Chainlink (LINK) cresceu 9% na semana e é negociada por US$ 6,80, Litecoin (LTC) subiu 20% e atualmente vale US$ 75, e Binance Coin (BNB) cresceu 12% para US$ 301.
Ainda assim, as boas notícias para os fãs de criptomoedas podem durar pouco. Na segunda-feira, o grupo de negociação cripto CoinShares publicou um relatório que diz que os players institucionais estão apostando contra as criptomoedas em números recordes. De acordo com o estudo, as entradas em produtos que fazem short de criptomoedas representaram 75% das entradas totais — a maior já registrada.
A Genesis será a próxima a falir?
Os olhos dos pessimistas estavam na empresa de criptomoedas Genesis esta semana como possivelmente a próxima insolvência de alto nível do setor depois da FTX.
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Na semana passada, a empresa suspendeu as retiradas de seus empréstimos devido ao fato de que o negócio de derivativos da Genesis tinha uma exposição de US$ 175 milhões à FTX. A empresa então teria buscado um investimento de US$ 1 bilhão, mas não conseguiu.
Na última segunda-feira, surgiram relatos de que a Genesis pode estar à beira da falência.
Um representante da empresa disse ao Decrypt na época: “Não temos planos de declarar falência em breve. Nosso objetivo é resolver a situação atual consensualmente, sem a necessidade de qualquer pedido de falência. A Genesis continua tendo conversas construtivas com os credores.”
A notícia também afetou os negócios da popular exchange de criptomoedas Gemini. Na semana passada, a Gemini alertou sobre atrasos para os usuários que desejam retirar seu dinheiro de seu produto Earn, que foi parcialmente atendido por fundos emprestados da Genesis.
Na terça-feira, a exchange tuitou que continua “trabalhando com a Genesis e sua controladora Digital Currency Group (DCG) para encontrar uma solução”. O anúncio disse que os clientes afetados são “prioridade máxima”, e que a Genesis e DCG “permanecem comprometidos em explorar todas as opções possíveis”.
A empresa aproveitou a ocasião para reafirmar que todos os fundos mantidos nos serviços de exchange e custódia da Gemini estão garantidos 1:1.
Naquele mesmo dia, o Digital Currency Group, dono da Genesis, teve que assegurar aos investidores que o conglomerado não enfrenta nenhuma ameaça iminente, apesar de dever US$ 575 milhões à Genesis.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.
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