Segundo registros feitos pelo regulador financeiro Francês, a Autorité des Marchés Financiers (AMF) — equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil —, a SG Forge, a subsidiária cripto do banco foi registrada no final de setembro para três atividades relacionadas com a negociação de criptomoedas.
Os fornecedores de serviços cripto devem se registrar com a AMF na França antes de poderem oferecer soluções financeiras como custódia de criptoativos ou operação de uma plataforma de negociação. No caso, o registro da SG Forge abrange a custódia, compra, venda e troca de ativos digitais. Mas ela ainda precisa se registrar para operar uma plataforma de negociação.
O Société Générale, que é o terceiro maior banco credor da França por valor de mercado, não respondeu a um pedido de comentários da reportagem até o momento da publicação.
A SG Forge teve início em 2018 como uma das 60 startups criadas dentro do Société Générale. Desde então, assumiu a liderança nos projetos de blockchain do banco, em parceria com a Tezos e a ConsenSys por suas experiências com a criação de uma moeda digital do Banco Central Francês (CBDC).
Mais recentemente, a SG Forge anunciou uma parceria com a especialista em custódia Suíça Metaco, para se concentrar no crescimento de sua oferta de tokens de segurança. A SG Forge foi arquiteta do título digital de € 100 milhões (US$ 97,5 milhões) do Banco Europeu de investimento, emitido em 2021.
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França ‘pró-cripto’
Ao adicionar seu nome à lista de fornecedores de ativos digitais na França, a SG Forge se junta a empresas como Binance, Bitpanda e Crypto.com.
Figuras da indústria elogiaram a abordagem “pró-cripto” da França, que viu Paris se tornar um centro para empresas de blockchain na Europa. Tanto a Binance como a Crypto.com investiram pesadamente na capital.
O Société Générale, com mais de 150 anos, não é o único banco tradicional francês a participar no setor. Em julho, o maior grupo bancário do país, o BNP Paribas, também anunciou uma parceria deles com a Metaco para integrar a Harmonize, uma plataforma em sua própria infraestrutura.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.