Imagem da matéria: Você sabia que a Receita Federal pode analisar sua ostentação nas redes sociais?
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Há vários anos a Receita Federal do Brasil (RFB) tem usado as redes sociais como complemento de suas ferramentas de para fins de fiscalização. Então, se você ostenta um carrão no seu Instagram, por exemplo, e não o declara ao órgão, você corre o risco de ser pego. Segundo a Receita, as informações de redes sociais se somam a diversos tipos de cruzamentos, como dados bancários e veículos, por exemplo.

“É muito comum que o Auditor-Fiscal analise as redes sociais para identificar bens e possíveis interpostas pessoas (laranjas) nos relacionamentos do contribuinte fiscalizado”, diz um trecho de um alerta da RFB publicado em em março de 2017. Na época, o órgão chegou a descreveu como um contribuinte foi pego na malha fina:

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“Durante a fiscalização foi identificado que o proprietário registrado no contrato social era uma interposta pessoa (laranja). Em redes sociais, verificou-se que o laranja ‘dono de empresa’ que faturava 100 milhões por ano, postava fotos de ‘churrasco na laje’, demonstrado incompatibilidade de sua situação de proprietário daquela empresa”.

Banco de dados da Receita Federal

Isso possível porque a Receita hoje possui um grande banco de dados do contribuinte, diferentemente de anos atrás, quando as verificações eram feitas por amostragem, como explicou ao jornal Extra o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), o contabilista Samir Nehme.

“Antigamente as verificações eram feitas por amostragem, o que diminuía a probabilidade de ser pego pelo Leão. Agora, no entanto, com a digitalização, todos os 32 milhões de contribuintes que fazem o Ajuste Anual são efetivamente fiscalizados”, disse Nehme. Ele acrescentou que a Receita hoje conta com mais de 150 bancos de dados diferentes que usa para fazer cruzamentos:

“Gastos de cartões de crédito, movimentações bancárias, declarações que cartórios fazem de imóveis comercializados são considerados. Quando encontra movimentos suspeitos em um CPF que não estejam declarados no Imposto de Renda, começam então a buscar provas que materializem aquela omissão”.

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Prazo de entrega da DIRPF esta acabando

O prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2021 tem data final na segunda-feira (31). O documento pode ser transmitido até as 23h59m. Segundo o órgão, após o prazo, é cobrada uma multa por atraso na entrega da declaração. O valor mínimo da multa é R$ 165,75, mas pode chegar a 20% do valor do imposto devido.

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