Imagem da matéria: Viúva de John McAfee não acredita no suicídio do marido e há um ano luta por nova autópsia
(Foto: Reprodução/Twitter)

Um ano se passou desde que o corpo do desenvolvedor de software de antivírus e entusiasta das criptomoedas, John McAfee, ter sido encontrado morto na cela de uma prisão na Espanha. Até hoje, de acordo com a Reuters, seus restos mortais ainda estão em um necrotério espanhol, onde a autópsia inicial foi realizada.

Janice, viúva de McAfee, afirma que a morte de seu marido não foi resultado de um suicídio, conforme noticiado, e criou uma petição no site Change.org para pressionar o governo espanhol a liberar o corpo de seu marido.

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“Há um ano, John McAfee foi roubado de nós. Um campeão da liberdade e privacidade, o mundo é um lugar bem mais sombrio sem ele”, tuitou McAfee Janice na quinta-feira (23), marcando o aniversário.

Uma autópsia realizada por autoridades espanholas determinaram que McAfee cometeu suicídio, afirmando que seu corpo foi encontrado pendurado em sua cela e que ele já havia tentado se suicidar enquanto estava sob custódia.

“A família de McAfee considerava a autópsia original como incompleta e pediu por outras verificações, que foram negadas por um juiz local”, afirmou Javier Villalba, advogado de McAfee, à Reuters.

A família apelou à decisão e um juiz decidiu que o corpo de McAfee não poderia ser entregue à família até que o tribunal solucionasse seu apelo, segundo Villalba.

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McAfee lançou seu primeiro software antivírus comercial com seu nome em 1987 e concorreu à presidência americana em 2016 e 2020 — ambas as vezes sem êxito, buscando ser nomeado pelo Partido Libertário.

McAfee foi encontrado morto no mesmo dia em que o Supremo Tribunal da Espanha autorizou sua extradição aos Estados Unidos. A polícia espanhola deteve McAfee após o Departamento de Justiça dos EUA (ou DOJ, na sigla em inglês) ter emitido uma acusação.

McAfee enfrentou 30 anos de prisão por acusações de evasão fiscal resultantes de um suposto esquema de “pump and dump” — em que um promotor de um token faz o preço de uma moeda sem utilidade subir e depois vende suas alocações, fazendo o preço despencar —  de uma oferta inicial de moeda (ou ICO) que autoridades alegam que fizeram a celebridade cripto lucrar mais de US$ 23 milhões.

“É difícil expressar em palavras o que tem sido a vida nesse último ano”, tuitou Janice McAfee. “Ainda não consigo acreditar que John se foi”, acrescentou ela, encorajando seus seguidores a assinarem a petição que, neste momento, conta com duas mil assinaturas, com o objetivo de atingir 100 mil.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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