Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da corretora de criptomoedas FTX
Sam Bankman-Fried, fundador e ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX (Foto: Reprodução/YouTube)

O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, reconhece que os acordos que sua empresa realizou para socorrer afligidas credoras de criptomoedas em meio à queda de mercado não parecem ter sido necessariamente ótimos.

O objetivo em cada caso, segundo ele, não é ser um “acordo maravilhoso”, mas um “acordo ok”, e para limitar o quanto ele está “desperdiçando dinheiro em [algo] ruim”, explicou o empresário no mais recente episódio do podcast “gm” do Decrypt.

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“Entramos nisso sabemos que não seriam necessariamente vencedores para nós. Estamos confortáveis com esse fato”, disse Bankman-Fried.

“E acredito que quando você pensa na Voyager — veremos o que vai acontecer — mas o melhor palpite é que são US$ 70 milhões que se foram pelo ralo, que provavelmente não veremos novamente.”

Desde que a Voyager entrou com um pedido de recuperação judicial no início de julho, após emitir um comunicado de inadimplência ao insolvente fundo de hedge Three Arrows Capital, sua ação despencou e foi removida das plataformas.

A Alameda Research, de Bankman-Fried, que estendeu uma linha de crédito de US$ 500 milhões à Voyager, deve US$ 377 milhões à credora.

Algumas semanas após o início do processo de recuperação judicial, a FTX propôs um acordo de resgate que a credora chamou de “oferta baixa de resgate fingindo ser um cavaleiro salvador”. Na semana passada, a empresa recebeu aprovação para devolver US$ 270 milhões a seus clientes afetados.

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Até agora, a Alameda estendeu US$ 70 milhões da linha de crédito à Voyager — a quantia que Bankman-Fried afirmou que foi “jogada fora”.

“A forma como estruturamos [o resgate] foi basicamente [pensando que] existem US$ 70 milhões que sabíamos que provavelmente nunca veremos novamente”, explicou ele ao Decrypt. “Não estamos nos sentindo muito confiantes [de que vamos] pegar esse dinheiro de volta.”

Bankman-Fried está bem mais otimista com a forma como as coisas aconteceram com a BlockFi, onde a linha total de crédito agora é de US$ 680 milhões e inclui a opção de a FTX adquirir a BlockFi a um preço variável de até US$ 240 milhões com base em “gatilhos de desempenho”, conforme explicado pelo CEO da BlockFi, Zac Prince, via Twitter no início de julho.

“Fomos capazes de os levarmos a um patamar onde ficassem realmente fortes, a partir de uma perspectiva de balanço patrimonial, onde são capazes de continuar operando a todo o vapor com muito capital em excesso para ativos de clientes”, explicou ele. “E não há contágio, pois não há brechas para início de conversa.”

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Os dois acordos feitos por Bankman-Fried, com a BlockFi e Voyager, aconteceram após contatar muitas outras empresas cripto em apuros e descobrir que muitas não estavam dispostas ou eram incapazes de participar de tais acordos, segundo Bankman-Fried.

“De todos esses socorros que tentamos, entramos em contato com todo mundo que podíamos no ecossistema e perguntamos: ‘Ei, vocês estão interessados em trabalhar conosco nisso?’”, explicou Bankman-Fried.

“E, no geral, ‘Não’ foi a resposta, ou um ‘Sim’, seguido de ‘Espera… Parece que pode haver uma brecha no balanço patrimonial e talvez houve uma má administração’. E ficamos meio… ‘Não sei o que você estava esperando, cara’.”

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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