Imagem da matéria: Tezos vai pagar US$ 25 milhões por prejuízos de investidores do ICO
Foto: Shutterstock

Um processo polêmico alegando que a Tezos conduziu uma venda ilegal de valores mobiliários em 2017 foi resolvido com a decisão judicial em favor dos investidores e os fundadores do projeto concordando em pagar os danos, de acordo com um processo judicial na semana passada.

A Tezos e seus fundadores, Arthur e Kathleen Breitman, vão pagar um total de US$ 25 milhões aos investidores, conforme ordem judicial. O acordo foi proposto pela primeira vez em março deste ano, mas fechado apenas na semana passada.

Publicidade

O demandante principal, Trigon Trading, e outros investidores, receberão um pequeno valor inicial de US$ 5.000 a US$ 7.500 cada, enquanto os advogados receberão mais de US$ 8 milhões em honorários advocatícios.

Os US$ 16,5 milhões restantes serão distribuídos aos investidores da Tezos que participaram da venda de tokens e tiveram prejuízo. Nenhum acordo será concedido aos detentores que lucraram com a venda nos meses seguintes.

A Tezos arrecadou mais de US$ 232 milhões em um ICO realizado em julho de 2017, atraindo investidores com seu token de governança, XTZ, e uma plataforma que suportava a criação de aplicativos descentralizados, semelhantes ao Ethereum. A Tezos se destacou como um dos maiores ICOs da história e também como um dos projetos mais bem sucedidos até os dias de hoje.

Mas a venda irritou alguns investidores, que argumentaram que o token Tezos era um valor mobiliário não registrado e, portanto, não poderia ser vendido a investidores nos Estados Unidos.

Publicidade

O debate

De acordo com a Lei Federal de Valores Mobiliários do país, nenhuma empresa poderia vender ou emitir “security” tokens – que derivam seu valor de um ativo do mundo real e são negociáveis ​​- sem registro na Securities and Exchange Commission (SEC). Esses tokens precisavam qualificar o Howey Test, o que a XTZ não fazia.

Em 2017, como mostram os registros, os investidores alegaram que a Fundação Tezos comercializou de forma fraudulenta e enganosa a venda de tokens como investimentos de capital quando eram “contribuições de caridade”, permitindo que os réus embolsassem “dezenas de milhões de dólares” para si próprios. Seguiu-se um processo judicial de três anos.

Em março deste ano, os tribunais determinaram que a Tezos deve pagar mais de US$ 25 milhões a investidores como indenização, o que a Fundação Tezos aceitou na época. No entanto, acrescentou em um comunicado, “A Fundação continua a acreditar que os processos não tinham mérito e continua a negar qualquer delito.”

Além disso, explicou: “Os processos judiciais são caros e demorados, e foi decidido que o custo financeiro único de um acordo era preferível às distrações e custos legais associados à continuação da luta nos tribunais.”

Publicidade

Enquanto o caso está encerrado e Tezos concordou em pagar uma indenização, a pergunta que deu início a tudo permanece sem resposta: a XTZ é um valor mobiliário ou não?

*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt.co
VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: O futuro do dinheiro, um storytelling a ser acompanhado | Opinião

O futuro do dinheiro, um storytelling a ser acompanhado | Opinião

Cadu Moura comenta um debate importante sobre o futuro do dinheiro feito durante o Web Summit Rio
Fachada de um prédio da BlackRock na Califórnia, EUA

Hedera (HBAR) salta 113% em meio à confusão sobre fundos tokenizados da BlackRock

A BlackRock, no entanto, disse que não está diretamente envolvida no esforço de tokenização da Archax
Imagem da matéria: Machado Meyer Advogados entra para associação ABcripto

Machado Meyer Advogados entra para associação ABcripto

O escritório ingressa na associação para dar ainda mais relevância à assessoria jurídica na formatação de transações financeiras para o desenvolvimento do ecossistema cripto no país
Imagem da matéria: Executivo da Binance que fugiu da Nigéria volta a ser preso no Quênia, diz jornal

Executivo da Binance que fugiu da Nigéria volta a ser preso no Quênia, diz jornal

Autoridades do Quênia estudam extraditar o executivo de volta para a Nigéria ainda esta semana