Imagem da matéria: Sequestro em Bitcoin: Empresário sul-africano deixa cativeiro após suposto pagamento
Liyaqat Parker ficou dois meses em cativeiro (Foto: Reprodução/Twitter)

O empresário sul-africano Liyaqat Parker, sequestrado há dois meses, foi libertado na segunda-feira (17). O retorno para casa sugere que o pagamento de resgate no valor de 50 bitcoins exigidos pelos sequestradores tenha sido pago, conforme publicação do The South African.

No entanto, as circunstâncias de sua libertação — se houve ou não a transferência da criptomoeda — permanecem obscuras, já que sua família, responsável pelo comunicado e pela suposta negociação se recusou a divulgar mais informações.

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Parker é morador da Cidade do Cabo, capital da África do Sul. Ele é proprietário de uma rede local de supermercados chamada Foodworld.

De acordo com informações da mídia sul-africana, o empresário foi abordado por homens armados enquanto dirigia para seu escritório. Na ocasião, sua família havia negado que havia sido exigida qualquer quantia em dinheiro ou bitcoin para seu resgate.

“A família está aguardando contato dos sequestradores e nada ainda foi exigido”, disse, na época, Walid Brown, porta-voz da família, e que foi noticiado pelo Times Live, outra mídia local.

Brown também havia revelado que eles receberam centenas de ligações e que provavelmente eram trotes ou pessoas querendo se aproveitar da situação dando algumas dicas, mas eles não deram atenção.

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Não é de se estranhar que espertalhões tentem se aproveitar de situações como essa, considerando a natureza relativamente anônima de uma transferência de bitcoin, o que poderia causar mais dano à família caso pagassem o resgate a outros criminosos e não aos que confinavam Parker.

Depois da descoberta das criptomoedas — e mesmo sabendo que o bitcoin não é 100% anônimo, os criminosos têm feito várias vítimas em todo o mundo.

Há alguns dias o Portal do Bitcoin publicou uma reportagem sobre o assunto, alertando que “quem se gaba por ter criptomoedas vira alvo”, um contexto vindo do especialista em cibersegurança Mark Risher, responsável por proteger projetos como o Gmail do Google.

Risher revelou que ataques contra quem possui criptomoedas têm aumentado e que quem se gaba por tê-las acaba por se tornar um alvo de criminosos.

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Casos recentes servem de alerta para todos que estejam fazendo seus pés-de-meia em bitcoin ou em outra criptomoeda.

Em meados de maio deste ano, o estudante também sul-africano, Katlego Marite, de 13 anos, foi sequestrado por uma quadrilha na província de Mpumalanga. De acordo com a polícia, os sequestradores exigiam R$ 450 mil em bitcoin. Dias após o fato ele foi liberado do cativeiro, mas até então não houve confirmação de pagamento de resgate.

Recentemente, alguns políticos na Índia foram acusados do mesmo crime, entre eles um ex-membro do Congresso indiano, Nalin Kotadiya, que foi preso durante investigações sobre o sequestro do sindicalista Shailesh Bhatt. O suspeito teria cometido o crime em busca do valor em criptomoedas que a vítima possuía, o que equivalia a US$ 1.373.796.

Em dezembro do ano passado, sequestradores garfaram US$ 1 milhão em bitcoins em troca da vida de Pavel Lerner, um especialista em blockchain e executivo de uma bolsa de criptomoedas sediada no Reino Unido.

Como desfecho, o resgate foi pago e Lerner foi libertado pelos sequestradores ucranianos. O que até hoje não ficou claro é sob que circunstâncias o resgate foi pago, se por Lerner, sua família ou seu empregador (a vítima era chefe em uma exchange de criptomoedas).

Até mesmo o caso de um cãozinho desaparecido foi usado como um falso sequestro e exigido pagamento de US$ 600 em bitcoin. Isso aconteceu na Carolina do Norte (EUA). Patricia Howell, moradora da cidade de Youngsville, quase foi vítima do golpe via telefone.

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No Brasil, um pastor de 34 anos da Assembleia de Deus Missão, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, simulou o próprio sequestro e pediu à família para pagar o resgate de 3 bitcoins. O fato aconteceu em março deste ano.

Os familiares, porém, não pagaram o resgate. Dias depois de desaparecer, o pastor foi até a delegacia e contou que havia conseguido escapar do cativeiro.

Ele foi mandado para a Delegacia de Investigações Gerais da cidade. Durante o depoimento, segundo a polícia civil, ele confessou que simulou o sequestro.


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