Imagem da matéria: Semana cripto: Bitcoin e Ethereum têm leve alta após PayPal anunciar stablecoin
Comportamento das baleias são diferentes, mas staking pode ser o ponto para entender (Foto: Shutterstock)

As principais criptomoedas finalmente romperam um período de seis semanas de baixo desempenho ou inércia de preços nesta semana.

O líder de mercado, Bitcoin (BTC), adicionou modestos 1,3% ao seu preço ao longo dos sete dias, sendo negociado a US$ 29.370 neste domingo (13). 

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De acordo com o mais recente relatório semanal da CoinShares, a semana passada indicou fortemente que investidores institucionais interromperam as operações de venda a descoberto da moeda líder pela primeira vez em 14 semanas.

Enquanto isso, o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, pareceu acompanhar o ritmo do BTC, subindo 1,2% nos últimos sete dias e encerrando o fim de semana a US$ 1.850.

Não houve quedas significativas de preços entre as 30 principais criptomoedas. No entanto, três altcoins registraram ganhos notáveis.

A Solana (SOL) cresceu 7,2% atingindo seu preço atual de US$ 24,68; a Toncoin (TON) adicionou 20% chegando a US$ 1,44, e a Shiba Inu (SHIB) teve um aumento de 8,9%, sendo negociada a US$ 0,000010.

A Shiba Inu parece ter mantido o momentum do rali da semana passada, que começou com a notícia de que os criadores da moeda estão abandonando sua reputação de “memecoin” e introduzindo um novo protocolo de identidade para todos os aplicativos no ecossistema, visando aumentar a segurança e privacidade.

No geral, o mercado obteve pequenos ganhos nesta semana, já que os índices de inflação nos Estados Unidos em julho indicaram um contínuo resfriamento.

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Nas notícias…

Esta semana trouxe um ciclo de notícias bastante movimentado e diversificado, com histórias de adoção institucional e global ganhando destaque ao lado do novo comunicado sobre stablecoins do Fed e das táticas de preservação da imagem da Comissão de Valores Mobiliários do EUA (SEC) em sua luta mal-sucedida contra as criptomoedas.

Na segunda-feira, a gigante dos pagamentos PayPal anunciou que lançará uma stablecoin vinculada ao dólar baseada em Ethereum, chamada PayPal USD (PYUSD).

Leia também: Entenda como a nova stablecoin do PayPal pode impactar o mercado de criptomoedas

A moeda será emitida pela Paxos e espera-se que faça “parte da infraestrutura global de pagamentos”, de acordo com uma declaração do CEO do PayPal, Dan Schulman.

A partir do próximo mês, a Paxos publicará relatórios mensais de reservas e testemunhos de terceiros sobre as reservas de PYUSD, permitindo ao público acompanhar a credibilidade e valor dos ativos que sustentam o valor da stablecoin.

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A deputada democrata Maxine Waters expressou suas preocupações em uma declaração escrita: “Estou profundamente preocupada que o PayPal tenha optado por lançar sua própria stablecoin enquanto ainda não existe um quadro federal para a regulamentação, supervisão e aplicação desses ativos. […] Dada a dimensão e alcance do PayPal, a supervisão e aplicação federal de suas operações com stablecoins são essenciais.”

Real digital agora é DREX

Na terça-feira, o Brasil anunciou o nome de sua nova moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês): DREX, ou “real digital” – o nome é uma abreviação quase acrônica para “transação eletrônica real digital”.

O real digital é um real tokenizado emitido centralmente que utiliza tecnologia de registro distribuído semelhante ao blockchain, mas não está livre de controvérsias.

Leia também: DREX: Banco Central revela nome oficial do Real Digital

No início do mês passado, o Banco Central do Brasil publicou o código do projeto piloto em seu perfil do GitHub. Os desenvolvedores descobriram diversas funções problemáticas no contrato inteligente.

As capacidades concedidas ao Banco Central incluem a capacidade de congelar contas de usuários, diminuir saldos-alvo, confiscar e criar novas unidades da moeda digital. Isso, por sua vez, atraiu críticas de que o projeto promove exatamente o tipo de centralização que as criptomoedas foram criadas para evitar.

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Naquele dia, a Binance anunciou que obteve licenças para operar em El Salvador, um país onde o Bitcoin é moeda de curso legal. A Binance vem sendo alvo da atenção da SEC nos EUA, depois que o regulador federal de valores mobiliários a processou por violação das leis de valores mobiliários, alegando ainda que executivos da Binance estão envolvidos na mistura de fundos de clientes e manipulação de mercado.

Supervisão do Fed no mercado cripto

Também naquele dia, o Federal Reserve emitiu um comunicado anunciando orientações futuras para bancos com charter (licença especial) que lidam com stablecoins vinculadas ao dólar. 

O Fed também informou que está intensificando seu “programa de supervisão de atividades inovadoras” para bancos que lidam com criptomoedas ou empresas de criptomoedas em sua jurisdição.

Especificamente, o Fed está buscando monitorar o processo de validação de transações, incluindo o “tempo e finalização do acerto de transações, a potencial irreversibilidade de transações e a autoridade central dos registros de transações”.

O comunicado sugere que o Fed implementará medidas de identificação do cliente (KYC) e garantirá que os bancos com charters nacionais demonstrem estratégias adequadas de mitigação de riscos.

Na sexta-feira, a SEC anunciou que planeja recorrer da decisão marcante do juiz Torres em sua ação em curso contra a Ripple por — você adivinhou — violação das leis de valores mobiliários.

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Torres decidiu que o XRP da Ripple não era um valor mobiliário por definição, mas poderia ser considerado um dependendo de como fosse vendido. Sua decisão contradiz essencialmente a alegação da SEC de que as ofertas a clientes de varejo por meio de exchanges constituem ofertas de valores mobiliários.

No dia seguinte, a SEC mais uma vez jogou com o tempo e adiou sua decisão de aprovar ou rejeitar um pedido de ETF (fundo negociado em bolsa) de Bitcoin à vista da ARK 21Shares.

Finalmente, na sexta-feira, a gigante dos pagamentos Visa anunciou uma solução experimental na blockchain do Ethereum que permite aos usuários pagar taxas de gas usando cartões de crédito ou débito da Visa.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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