O Conselho de Supervisão de Estabilidade Financeira do Departamento do Tesouro dos EUA (FSOC) divulgou na segunda-feira (3) um novo relatório sobre criptomoedas onde aponta as ameaças à segurança da economia americana que esses ativos podem trazer.
O documento foi divulgado após uma reunião da entidade com a secretária do Tesouro, Janet Yellen. Participaram do encontro reguladores e líderes de todas as agências bancárias e financeiras do país.
O Conselho identificou ativos digitais ou “criptográficos”, como stablecoins, bem como o sistema de empréstimos em plataformas de negociação do setor, como uma “importante vulnerabilidade emergente”. Em fevereiro deste ano, o conselho designou o setor cripto como uma área prioritária, ressalta a publicação da CNBC.
Por sua vez, Yellen disse que é vital que as partes interessadas do governo trabalhem coletivamente para progredir nessas recomendações, e acrescentou:
“O relatório conclui que as atividades de criptoativos podem representar riscos para a estabilidade do sistema financeiro dos EUA e enfatiza a importância da regulamentação apropriada, incluindo a aplicação das leis existentes”.
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O relatório do FSOC também destacou números do mercado de criptomoedas, como o pico de capitalização de mercado de US$ 3 trilhões, alcançado em novembro do ano passado. Segundo a entidade, esse número compreendeu aproximadamente 1% dos ativos financeiros globais. O texto afirma que o setor ganhou mais popularidade por atrair criminosos.
De acordo com o The New York Times, trata-se do primeiro grande relatório sobre criptomoedas do FSOC. A entidade é liderada pelo Departamento do Tesouro e foi criada após a crise financeira de 2008, para ajudar a identificar e mitigar ameaças ao sistema financeiro.
O jornal destacou um trecho do relatório que fala da relação entre o setor cripto e o setor financeiro tradicional: “A escala das atividades de criptoativos aumentou significativamente nos últimos anos. Embora as interconexões com o sistema financeiro tradicional sejam atualmente relativamente limitadas, elas podem aumentar rapidamente”.
Destacou também que uma preocupação maior das autoridades financeiras diante do cenário cripto ficou evidente após o colapso da Terra (LUNA) em maio, onde “a queda de um único ativo levou a uma espiral descendente nos preços nos mercados de criptomoedas, provocando uma onda de falências, consolidações e demissões no setor, deixando muitos investidores presos, incapazes de acessar seus ativos”.
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