Quinto maior pool de mineração de bitcoin abandona China por causa da repressão

Além do BTC.com, líder em hashrate, Antpool, também começa a obedecer governo e bloqueia IPs de clientes
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O BTC.com, um dos maiores pools de mineração de bitcoin, 5º em hashrate, começa a deixar o mercado da China a partir desta sexta-feira (15), conforme anúncio de sua operadora, BIT Mining, empresa listada na Bolsa de Valores de Nova York. Segundo a nota oficial publicada na quinta (14), o motivo da saída do país asiático é pelo cumprimento dos regulamentos locais.

“O BTC.com interromperá o registro de novos usuários da China continental e espera começar a cancelar as contas dos usuários existentes na China continental de maneira ordenada a partir de 15 de outubro de 2021”, diz a nota da BIT Mining.

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Ainda segundo a companhia, a descontinuação do serviço do BTC.com para usuários na China deve impactar a receita da empresa. Isso porque a subsidiária é um conglomerado de negócios, como pool, navegador, comerciante de criptomoedas.

A empresa concluiu afirmando que recentemente o BTC.com firmou um contrato para adquirir uma fabricante de máquinas de mineração com o objetivo de aumentar sua autossuficiência e fortalecer sua posição competitiva. O BTC.com é responsável por 9% de toda a mineração bitcoin; em 2018 chegou a liderar o setor com 28,2% do hashrate total da rede.

Antpool vai deixar de atender China

Também na quarta-feira, a Antpool, gigante no hashrate do Bitcoin, avisou o mercado chinês que vai deixar de oferecer os seus serviços. A partir desta sexta, diz a nota, a empresa começa uma transição para “cumprir os regulamentos relevantes do governo chinês” e ordenar sua base de clientes globais. Para isso, a empresa publicou as duas primeiras medidas:

Sistema de verificação KYC (Conheça seu Cliente) on-line, a autenticação global de usuários registrados para ajudar os usuários a cumprir as leis e regulamentos de sua localização; E o bloqueio de IPs oriundos da China, com exceção a Hong Kong e Taiwan.

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Criptomoedas na China

No mês passado, o governo chinês iniciou uma nova onda de repressão às criptomoedas no país, dando continuidade às proibições que já impôs ao setor no passado, proibindo a mineração, o comércio e acesso ao sistema financeiro de intermediadores.

Com a imposição do governo da China, pelo menos quatro das maiores mineradoras que atuam no país já deixaram a região asiática — Bee Pool e Spark Pool, respectivamente quarta e segunda maiores pool de mineração de Ethereum, até então, haviam sido as últimas a baixar as portas. Agora, o Judiciário do país estuda como processar e sentenciar usuários de criptomoedas.

A ação do país asiático faz com que os mineradores migrem para os Estados Unidos e para outros países do ocidente. Aliás, de acordo com um estudo recente da Universidade de Cambridge, os EUA se tornaram líderes globais na indústria de mineração de Bitcoin.