Perlla e Patrick Abrahão posam para foto no dia do casamento
Perlla e Patrick Abrahão posam para foto (Imagem: Reprodução)

Os bens apreendidos pela polícia federal dos líderes da pirâmide financeira Trust Investing, Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, e Ivonélio Abrahão, pastor que também é pai de Patrick, serão leiloados em agosto.

Serão sete carros de luxo que pertencem à dupla que serão vendidos no mês que vem, que, juntos, somam uma avaliação de R$ 1,4 milhão. Entre os veículos está uma BMW blindada de Patrick Abrahão avaliada em meio milhão de reais.

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BMW/X6 XDRIVE 40i de Patrick Abrahão será leiloada em agosto (Foto: Reprodução/BMW)

Os bens foram apreendidos em outubro de 2022, no âmbito da operação La Casa de Papel que desmantelou a pirâmide financeira Trust Investing e prendeu os três diretores da empresa, Diego Chaves,  Diorge Ribeiro Chaves (pai de Diego) e Fabiano Lorite. Também foram presos Patrick Abrahão e seu pai Ivonélio, os principais divulgadores do esquema no Brasil. 

Na época, a Polícia Federal também cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e confiscou desde cabeças de gado e ovelhas até carros de luxo, joias, esmeraldas e R$ 1,2 milhão em criptomoedas.

A decisão de leiloar parte desses bens foi expedida pela 3ª Vara Federal de Campo Grande no final de junho, e estabeleceu que o leilão acontecerá no dia 8 de agosto, às 13h. Um segundo leilão dos bens remanescentes será realizado no dia 17 de agosto, no mesmo horário.

O pedido de alienação antecipada dos bens dos acusados partiu da Polícia Federal (SR/PF/SP) e do Ministério Público Federal (PR/MS), que argumentaram que a venda dos veículos era necessária devido a sua rápida depreciação.

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“Há sérios riscos de desvalorização ou descaracterização pelo tempo, pela defasagem ou pelo simples envelhecimento inevitável, caso permaneçam em desuso”, diz o documento visto pelo Portal do Bitcoin.

O pedido foi aprovado pelo Juiz Federal Bruno Cezar da Cunha Teixeira, que nomeou o leiloeiro Carlos Ferrari para realizar o leilão.

Ele acrescenta que o leilão dos bens não busca satisfazer desde logo o Estado, “mas preservar o valor e manter a integridade dos bens apreendidos e sequestrados para fazer face ao decurso do tempo, até o deslinde dos autos, resguardando o interesse financeiro da parte a quem couber a propriedade dos bens constritos ao final do processo, quer seja o Estado, quer sejam os acusados, após uma absolvição.”

Veja abaixo os bens que deverão ser leiloados e seus respectivos valores:

  • BMW/325 I PH11, ano/modelo 2011/2011. Valor: R$ 44.200 
  • BMW/X6 X DRIVE 40 I, blindada, ano/modelo 2021/2022. Valor: R$ 540.000
  • Audi/A5 SPB 170CV, ano/modelo 2015/2015. Valor: R$ 62.900 
  • Porsche/CAYENNE V6, ano/modelo 2015/2016. Valor: R$ 218.000 
  • Porsche/BOXSTER, ano/modelo 2014/2014. Valor: R$ 338.000 
  • Land Rover/EVOQUE SE, blindada, ano/modelo 2015/2016. Valor: R$ 90.000
  • Honda/HR-V EX CVT, blindado, ano/modelo 2016/2017. Valor: R$ 58.000

Bens de Fabiano e Diego também vão a leilão

No dia 7 de agosto, um dia antes dos carros de luxo de Patrick e Ivonélio Abrahão irem a leilão, três outros veículos pertencentes a Diego Chaves e Fabiano Lorite serão vendidos também pelo leiloeiro Carlos Ferrari.

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O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira acatou os mesmos argumentos usados pela Polícia Federal e Ministério Público nos pedidos de alienação antecipada dos bens de Patrick e Ivonélio para também autorizar o leilão dos carros apreendidos dos outros líderes da Trust Investing.

São dois caminhões pertencentes a Fabiano Lorite avaliados em R$ 139,7 mil, apreendidos na fazenda do suspeito entre as cidades de Porto Feliz e Itu, em São Paulo.

Já de Diego, será leiloado uma Mercedes-Benz de R$ 260 mil que até então estava em sua posse.

Mercedes-Benz GLC 250 de Diego Chaves vai à leilão por R$ 260 mil (Foto: Reprodução)

Veja abaixo os detalhes dos bens que serão leiloados e seus respectivos valores:

  • REBOQUE TRUCK GALEGO SR, ano 2004/2004, Valor: 31.300
  • CAVALO VW/25.390 CTC 6X2 400cv, ano 2013/2013. Valor: 108.400
  • Mercedes Benz GLC250 4MATIC, ano/modelo 2019/2019. Valor: R$ 260.000

Relembre o caso da Trust Investing 

A Trust Investing é uma pirâmide financeira que dizia operar com o trade de criptomoedas para gerar supostos lucros de mais de 300% ao ano em seus pacotes de investimentos.

Em outubro de 2021, a Trust bloqueou a conta de todos os clientes alegando ter sofrido um ataque hacker. Na época, a empresa disse que os pagamentos voltariam a acontecer em três meses — o que não aconteceu.

A empresa, devendo R$ 4,1 bilhões aos investidores que mantinha no Brasil, Espanha e em diversos países latino-americanos, dava diferentes desculpas para não efetuar os pagamentos.

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Um dia antes de ruir quando a Polícia Federal deflagrou a operação La Casa de Papel em outubro de 2022, os principais líderes da Trust Investing ainda divulgavam os futuros planos da empresa, prometendo pagar dividendos “por muitos anos” aos clientes.

Desde então, os acusados já tentaram diversas vezes sair da prisão. Em dezembro do ano passado, a Justiça negou pedidos de liberdade dos líderes da Trust Investing. Recentemente, em junho de 2023, foi a vez do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um pedido de Habeas Corpus de Diorge Ribeiro Chaves, um dos líderes da pirâmide financeira.

Na época, o ministro Sebastião Reis argumentou na sua decisão que ficou provado pelo Ministério Público que existe a necessidade da preservação da prisão preventiva de Chaves.

Convocação na CPI das Pirâmides

Diorge Ribeiro Chaves, junto com Patrick Abrahão, foram convocados a prestar depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras, na condição de investigados.

O requerimento foi feito pelo deputado federal Caio Vianna (PSD/RJ), que justificou a intimação da dupla relembrando que a Trust Investing, “apesar de captar dinheiro de milhares de brasileiros e ter sido fundada por brasileiros, dizia estar oficialmente registrada na Estônia. Isso somava à narrativa da empresa de que os lucros obtidos através dos investimentos em criptoativos superavam o patamar de 300% ao ano, pois a empresa supostamente não precisava seguir as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”.

O deputado acrescentou que, considerando a dimensão nacional do esquema fraudulento e os graves prejuízos causados a milhares de pessoas, “é essencial convocar os sócios para prestarem esclarecimentos e contribuírem com a investigação, visando responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos em benefício das vítimas”.

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