Imagem da matéria: Polícia Federal prende suspeito em nova ação contra investigados da pirâmide Unick Forex
Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (14/2) a Operação Templo Alto, para reprimir crimes relacionados à lavagem de capitais por investigados na Operação Lamanai, ação policial que ocorreu em outubro de 2019 contra líderes da pirâmide financeira Unick Forex.

Policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão em Caxias do Sul (RS) e executaram ordens judiciais para o bloqueio de ativos financeiros e de sequestro de crédito, expedidos pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre.

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As investigações iniciaram a partir da análise de informações obtidas no âmbito da Operação Lamanai e identificaram que os suspeitos, através de compra de uma propriedade rural no município de São Marcos (RS), negociada por R$ 2 milhões, estariam dissimulando a origem ilícita dos recursos, que teriam fonte nas atividades criminosas praticadas pelo grupo.

Na Operação Lamanai, a PF prendeu nove pessoas ligadas à Unick Forex, empresa suspeita de prática de pirâmide financeira que tinha sede em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e que lesou milhares de pessoas. Leidimar Lopes, suposto líder do esquema, foi preso na ocasião.

Pirâmide Unick Forex

A Unick Forex é investigada por captar até R$ 29 bilhões de 1,5 milhão de pessoas. Na operação Lamanai, a PF encontrou e apreendeu 1.500 Bitcoins, milhões de reais, carros e imóveis.

A Unick Forex estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado desde 2018, mas mesmo assim permanecia vendendo produtos sob a justificativa de que vendia produtos de educação.

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Mais tarde, o negócio foi rebatizado de Unick Academy e a captação de clientes aumentou. Até meados de 2019, cumpriu os pagamentos. Porém, conseguia cumprir porque os novos clientes eram quem pagavam os antigos — modalidade clássica de uma pirâmide.

Com a promessa de lucro de 100% sobre o valor investido em até seis meses, a empresa teria captado ilegalmente cerca de um milhão de pessoas até se tornar alvo da Polícia Federal.

Fora as investigações sobre o prejuízo bilionário a clientes, pesa também sobre os líderes da Unick um processo na Justiça federal que apura a movimentação de R$ 269 milhões por meio de empresas de fachada para a prática de lavagem de dinheiro. 

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