Imagem da matéria: Sequestradores de investidor de Bitcoin se declaram inocentes: "Vítima estava rindo"
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Dois homens acusados de sequestrar e torturar um homem para obter acesso ao seu Bitcoin se declararam inocentes na quarta-feira (11), com seus respectivos advogados alegando que o acusador pôde circular livremente por Nova York durante os dias em que supostamente esteve em cativeiro.

Os advogados de William Duplessie e John Woeltz afirmaram que o acusador, cuja identidade não foi revelada, aparece em vídeos “rindo e sorrindo”, além de usar crack e participar de orgias, segundo reportagem da Associated Press.

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“O relato que ele está tentando vender não faz sentido”, disse Sam Talkin, advogado de Duplessie, no tribunal criminal.

O advogado de Woeltz acrescentou que testemunhas afirmaram que o acusador circulava livremente, contrariando as acusações de que ele teria sido mantido em cativeiro e torturado.

Woeltz foi inicialmente preso e acusado no fim de maio, depois que o acusador supostamente escapou de uma casa em Manhattan onde alegou ter sido mantido preso. Segundo os promotores à época, a vítima teria sido amarrada, espancada e eletrocutada enquanto os sequestradores tentavam obter acesso às suas criptomoedas.

A promotora assistente Sarah Khan afirmou que vídeos foram vazados com o objetivo de apresentar uma narrativa alternativa, sugerindo que o acusador não tinha liberdade para sair da casa, contrariando a versão dos advogados de defesa, segundo a reportagem da AP.

A polícia encontrou evidências como uma motosserra e uma pistola carregada, que corroboram o relato do acusador. Também foram localizadas fotos dele com uma arma apontada para a cabeça e outra em que ele aparece sendo incendiado, conforme diversos relatos.

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Nenhuma marca de queimadura foi encontrada na suposta vítima porque os réus teriam apagado o fogo rapidamente — às vezes urinando sobre ele — de acordo com a AP.

Os promotores acreditam ainda que podem haver outras duas vítimas em locais diferentes, e que os réus já teriam mantido outras pessoas em cárcere privado anteriormente.

Prisão perpétua

A dupla, que foi acusada de sequestro em primeiro grau, agressão e outros crimes, poderá pegar prisão perpétua caso seja condenada. Ambos tiveram a fiança negada e permanecerão detidos até a próxima audiência, marcada para 15 de julho.

Uma terceira pessoa chegou a ser presa e acusada de envolvimento no plano, mas foi posteriormente liberada.

Ataques físicos e sequestros de investidores de criptomoedas têm ganhado maior visibilidade neste ano, com criminosos mirando pessoas como o CEO da Ledger, David Balland, e a família de Pierre Noizat, CEO e cofundador da Paymium.

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Um banco de dados de “wrench attacks” — termo usado para descrever agressões físicas com o objetivo de roubar criptoativos — já registra quase tantos casos em 2025 quanto em todo o ano de 2024.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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