Viatura da Polícia Federal do Brasil - foto divulgação PF
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (24) a “Operação Templo da Máscara II” para cumprir três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão na cidade de Curitiba (PR). Os alvos investigados são suspeitos de ocultar mais de R$ 100 milhões de organização criminosa cujos recursos teriam sido obtidos à época das fraudes financeiras identificadas na Operação Lamanai, ação policial que ocorreu em outubro de 2019 contra líderes da pirâmide financeira Unick Forex.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir da análise de informações obtidas no âmbito da Operação Lamanai, ou seja, trata-se de um desdobramento do caso. “Por meio de empresa voltada à educação financeira, os suspeitos captavam recursos de terceiros sob a pretexto de contrato de investimento-anjo, prometendo rendimentos acima daqueles pagos pelo mercado financeiro”, diz a nota da entidade.

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“Os investigados são suspeitos de realizar operações financeiras irregulares, promover a captação de recursos de terceiros sem autorização legal e remeter valores para empresas constituídas no exterior com o intuito de ocultar a origem ilícita dos recursos”, ressalta a PF.

Na Operação Lamanai, a PF prendeu nove pessoas ligadas à Unick Forex, empresa suspeita de prática de pirâmide financeira que tinha sede em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e que lesou milhares de pessoas. Leidimar Lopes, suposto líder do esquema, foi preso na ocasião.

Segundo a PF, a ação de hoje foi determinada pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre cujo objetivo é “desarticular grupo dedicado à prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, como a captação de recursos de terceiros não autorizada e à lavagem de dinheiro”.

“O cumprimento dos mandados judiciais tem como objetivo parar a continuidade da prática delitiva, identificar o destino dos valores ainda ocultos e permitir a realização de diligências policiais sem a interferência dos investigados, que buscavam orientar testemunhas durante o inquérito policial”, explica a nota.

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Além da ação policial, a Justiça também determinou que se inicie um processo de execução para sequestro de valores e afastamento de sigilo fiscal e bancário dos investigados. 

Pirâmide Unick Forex

A Unick Forex é investigada por captar até R$ 29 bilhões de 1,5 milhão de pessoas. Na operação Lamanai, a PF encontrou e apreendeu 1500 bitcoins, milhões de reais, carros e imóveis.

A Unick Forex estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado desde 2018, mas mesmo assim permanecia vendendo produtos sob a justificativa de que vendia produtos de educação.

Mais tarde, o negócio foi rebatizado de Unick Academy e a captação de clientes aumentou. Até meados de 2019, cumpriu os pagamentos. Porém, conseguia cumprir porque os novos clientes eram quem pagavam os antigos — modalidade clássica de uma pirâmide.

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Com a promessa de lucro de 100% sobre o valor investido em até seis meses, a empresa teria captado ilegalmente cerca de um milhão de pessoas até se tornar alvo da Polícia Federal.

Fora as investigações sobre o prejuízo bilionário a clientes, pesa também sobre os líderes da Unick um processo na Justiça federal que apura a movimentação de R$ 269 milhões por meio de empresas de fachada para a prática de lavagem de dinheiro. 

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