Polícia Federal apreende bens da Indeal, que devem ser vendidos em leilão

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(Carros apreendidos pela polícia. Foto: Divulgação/PF)

Ainda sob imposição da Operação Egypto, que no mês passado cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão na Indeal, a Polícia Federal apreendeu mais dois carros de luxo para lançar na investigação.

De acordo com o Gaúcha ZH, na manhã de terça-feira (18), os dois veículos foram recolhidos no bairro Azenha, em Porto Alegre (RS), sendo um Nissan 370 Z, ano 2012, e um SUV da Land Rover ano 2014.

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Segundo a reportagem, os veículos foram levados em um guincho contratado pelo advogado de um dos investigados que havia sido intimado a apresentar os bens. No entanto, a PF não revelou o nome do investigado que segue preso.

As autoridades já haviam apreendido outro carro e de valor bem maior em outra fase da investigação. Foi uma Ferrari modelo California de 460cv cujo valor é de aproximadamente R$ 700 mil.

Contudo, estes são apenas uma pequena parte dos produtos envolvidos no esquema da empresa investigada. Outros 36 carros, incluindo Mustangs, Porsches, Dodges, BMW e Mercedes já passaram pelas mãos da polícia e devem ir a leilão.

Investigações na Indeal

Durante a Operação Egypto, a polícia prendeu dez pessoas. Foram cinco sócios, sendo de três deles, as esposas. Dois funcionários que atuavam na Indeal também foram presos.

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No dia 11 deste mês, a Justiça do Rio Grande do Sul acabou liberando dois deles, Flávio Gomes Figueiredo e Paulo Henrique Godoi Fagundes. Este último inclusive foi o perito indicado pelo partido de Bolsonaro nas eleições para verificar o sistema das urnas.

Apesar de o caso seguir sob segredo de Justiça, os advogados Vinicius Ferrasso da Silva e Mauren Hoffmann, que representam respectivamente Figueiredo e Fagundes, afirmaram que a decisão foi unânime.

Karin Denise Homem também foi solta e está com tornozeleira eletrônica cumprindo prisão domiciliar. Ela foi beneficiada por uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê prisão domiciliar para mães de filhos com menos de 12 anos — ela é mãe de uma criança de oito anos.

Plano para restituir vítimas

As autoridades federais têm buscado uma forma para restituir os valores às vítimas do golpe. O Ministério Público Federal (MPF) vai requerer a alienação antecipada de bens apreendidos na Operação para realizar um levantamento junto com Polícia Federal.

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A Indeal é investigada por captar, sem autorização do Banco Central, recursos de terceiros para investimento no mercado de criptomoedas prometer retorno de, pelo menos, 15% no primeiro mês de aplicação.

Cerca de R$ 1 bilhão pode ter sido captado pelo grupo investigado. Segundo a PF, alguns sócios apresentaram uma evolução patrimonial descomunal — teve sócio que passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

No final de maio, os cinco sócios foram levados do sistema prisional para serem ouvidos na Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delecor) da Polícia Federal e todos permaneceram em silêncio o tempo inteiro.

Os supostos crimes que estão sendo apurado são os seguintes: operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


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