Imagem da matéria: Operação da Receita Federal fica com máquinas de mineração de bitcoin de casal vindo do Paraguai
Resultado da operação Escudo (Foto: Divulgação/Receita Federal)

Um casal de brasileiros teve quatro máquinas de mineração de bitcoin apreendidas durante uma operação da Receita Federal na Ponte Internacional da Amizade, a principal fronteira do Brasil com o Paraguai, de acordo com um comunicado oficial do órgão.

A nota não especifica o modelo das mineradoras confiscadas, mas as autoridades avaliam que o preço de cada uma ultrapassa R$ 12 mil, totalizando uma perda de R$ 48 mil para o casal.

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De acordo com a Receita, a dupla, natural de Caxias (RS), foi parada pela polícia no sábado (17) em Foz do Iguaçu (PR), onde as máquinas foram encontradas. Eles disseram que os equipamentos eram computadores usados que haviam sido levados para fazer manutenção no país vizinho.

Durante o interrogatório, a dupla acabou “caindo em contradição” e admitiu que os equipamentos na verdade eram máquinas usadas de mineração de criptomoedas, que seriam levadas de volta para o Rio Grande do Sul.

A apreensão aconteceu no âmbito da Operação Escudo, deflagrada pela Receita Federal com o objetivo de combater o contrabando de mercadorias que entram ilegalmente no país pelo Paraguai. 

A ação na Ponte da Amizade já dura mais de duas semanas e, neste período, os 70 servidores mobilizados já impediram a entrada no Brasil de cerca de R$ 10,2 milhões em mercadorias não declaradas à Receita Federal.

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Apreensões de mineradoras de bitcoin

A apreensão de mineradoras no Brasil não é tão comum e quando acontece, está geralmente ligada a ações da Receita Federal que tentam impedir a entrada no país de equipamentos com finalidade comercial não declarados e que, portanto, tentam burlar os impostos.

No ano passado, por exemplo, um brasileiro lutou na Justiça — sem êxito — para a liberação de 123 máquinas de mineração de Litecoin (LTC) apreendidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos que ele tentava trazer de Miami (EUA) para o Brasil sem a devida declaração. 

Já em países vizinhos como a Venezuela, que possui uma lei específica para regular a mineração de criptoativos em seu território, esse tipo de apreensão é muito mais frequente.

Na última quarta (14), a Guarda Nacional da Venezuela prendeu seis pessoas que mineravam bitcoin em suas casas sem possuir a licença obrigatória do governo. No mês passado, as autoridades do país já haviam confiscado 411 ASICs em duas operações especiais.

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O caso que ganhou mais destaque nos últimos tempos, no entanto, foi o da polícia da Malásia que usou um rolo compressor para destruir mais de mil mineradoras de bitcoin, avaliadas em US$ 1,25 milhão.

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